Uma decisão judicial chegou de maneira surpreendente aos torcedores do Paysandu, especialmente aos que acompanharam Robgol, atleta que ganhou grande visibilidade na equipe, ao atuar em 99 jogos. Além disso, balançou as redes 75 vezes, atuando em três temporadas pelo clube: 2003, 2005 e 2007. Contudo, a notícia que chega é extremamente negativa.
José Róbson do Nascimento, o Robgol, passou por julgamento e foi condenado em primeira instância, por cerca de 35 anos de prisão, considerando o crime de lavagem de dinheiro. A situação teria ocorrido quando ele atuava já distante dos gramados, como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), entre 2006 e 2010.
Além do Paysandu, Robgol ainda vestiu a camisa de clubes como o Internacional, o Santa Cruz, d Bahia e o Santos, antes de iniciar a carreira na política. A decisão judicial que revela a participação de Robgol no esquema, foi publicada no último dia 18 de setembro, e ainda menciona mais 13 pessoas que trabalhavam no local e que teriam participado das fraudes.
Robgol passa por operação de busca e apreensão
Quando as investigações começaram, Robgol passou por uma operação de busca e apreensão, que apontou um valor questionável de R$ 457 mil em espécie, além de R$ 40 mil em vale-alimentação da Alepa. A decisão judicial feita pelo juiz de Direito Lauro Fontes Júnior, do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJ-PA), caminhou entre 145 páginas e reconheceu a “Máfia dos Contracheques”.
“Em verdade, seria a partir dessa fonte de dados que enxertos inverídicos eram feitos à folha de pagamentos da Alepa, permitindo-se a extração de grande soma de dinheiro ilegalmente. Organizados e dividindo tarefas, cabia ao servidor Sérgio Duboc, enquanto diretor da Alepa, manter a interface com a instituição financeira, de tal sorte que essas remunerações indevidas pudessem ser sacadas”, escreveu o juiz Lauro Fontes Júnior na decisão.