Quase 100 jogadores da Copa do Mundo trocaram de time

A cada Copa do Mundo é comum surgirem novos grandes jogadores, que após boa apresentação no Mundial acabam se consolidando nas principais equipes do mundo. Ou seja, literalmente, a Copa do Mundo serve como uma enorme vitrine de talentos. Ao todo, foram quase 100 transferências envolvendo jogadores que disputaram o Mundial.

E não seria diferente com o Mundial do Catar, apesar do calendário atípico. O fato de acontecer no final do ano não impediu que muitos destaques do torneio se transferissem. É verdade que o contexto se tornou diferente, num momento da temporada na qual os clubes europeus não costumam fazer investimentos tão massivos.

Ainda assim, muita gente mudou de time nesta janela de inverno. Alguns poucos por valores suntuosos, com os maiores exemplos de Enzo Fernández e Cody Gakpo – os únicos acima dos €30 milhões de euros (cerca de R$ 15 0 milhões de reais na cotação atual). Mais comuns mesmo foram as pechinchas e os empréstimos envolvendo atletas que não foram necessariamente craques de suas seleções nacionais, mas ganharam visibilidade na Copa do Mundo 2022.

É interessante notar como as trocas nas principais seleções foram pontuais. Elencos como o Brasil, a Alemanha, a Inglaterra e a França não tiveram transferências – até pelo preço atrelado aos seus jogadores. Muito mais comuns foram as transações envolvendo os convocáveis de seleções menos tradicionais, a exemplo de Marrocos ou Austrália, sensações no Catar.

Abaixo, listamos alguns jogadores que trocaram de clube ao longo de janeiro, com uma breve ficha sobre cada um:

Luis Suárez (Nacional > Grêmio):
Um negócio de dimensões históricas. Suárez é um dos maiores centroavantes do século e o Grêmio conseguiu trazê-lo para o futebol brasileiro. A Copa do Mundo indicou como Luisito não está em seu melhor, mas ele não negou fogo por toda a sua vontade contra Gana. Não escondeu as lágrimas na eliminação precoce, mas já retomou o sorriso em Porto Alegre. Faz chover gols neste início no Tricolor, após deixar o Nacional do coração.

José Luis Rodríguez (Nacional > Vasco):
“Puma” Rodríguez cresceu bastante no último ano. O lateral direito virou um dos destaques do Nacional de Montevidéu e foi uma adição de última hora para a Copa do Mundo. Não saiu do banco, mas se tornou mais conhecido e o Vasco quis levá-lo. Os cruzmaltinos pagaram €1,8 milhões pelo defensor de 25 anos, que chega a São Januário como solução para a posição.

Guillermo Ochoa (América > Salernitana):
Até parecia que a carreira de Memo Ochoa fora do México tinha se encerrado, ao voltar para o América. Porém, a Copa lembrou como o goleiro tem talento e o pênalti defendido contra Lewa certamente ajudou. Assim, abriu as portas para atuar na Salernitana pela Serie A. Em negócio sem custos, o veterano de 37 anos assinou até o fim da temporada. O problema é que tomou logo de cara um 8 a 2 da Atalanta – mas sem tanta culpa.

Keylor Navas (PSG > Nottingham Forest):
Keylor Navas reforçou um pouco mais seu status gigantesco na Costa Rica, ao se recuperar dos sete gols sofridos contra a Espanha e terminar bem o torneio, com boas atuações diante de Japão e Alemanha. Escanteado no PSG, o arqueiro procurava um clube desde o início da temporada e virou uma solução emergencial ao Nottingham Forest, após a lesão de Dean Henderson. O veterano de 36 anos ficará por empréstimo até o fim da temporada.

Mislav Orsic (Dinamo Zagreb > Southampton):
Orsic fazia hora extra no Dinamo Zagreb. Era um destaque constante no clube, sobretudo nas copas europeias, e também ganhou visibilidade com a seleção. O ponta de 30 anos disputou seis partidas na Copa, quase sempre vindo do banco, mas deu a fatídica assistência contra o Brasil e fez um golaço contra Marrocos. Assinou com o Southampton por €5,75 milhões e acumula as primeiras aparições.