Quando pouquíssimos “estrangeiros” jogavam na seleção brasileira

Algo praticamente impossível nos dias de hoje, a seleção brasileira já contou com jogadores que estavam em clubes da América do Sul no começo dos anos 30, quando o futebol no Brasil começava a se profissionalizar.

Segundo informações do site “O Curioso do Futebol”, atletas que atuavam em clubes como Boca Juniors, Peñarol e Nacional fizeram parte do escrete canarinho.

O motivo disso? Os vizinhos sul-americanos tiveram sua profissionalização antes do Brasil. Em terras tupiniquins, o futebol ganhou, de maneira formal, status de esporte profissional, em 1933. Dessa forma, craques como Domingos da Guia e Leônidas da Silva, o diamante negro, atuavam por Nacional e Peñarol, respectivamente, quando foram convocados para a seleção brasileira.

Antigamente, atletas que estavam em clubes da Europa dificilmente integravam o grupo do Brasil pelo fato de haver pouquíssimas formas de coletar informações sobre o seu momento. Julinho Botelho é um exemplo, o atacante ex-Portuguesa acertou com a Fiorentina, mas não foi chamado para a Copa do Mundo de 1958 justamente por estar no Velho Continente.

Na sequência, retornou para atuar no Palmeiras e integrou a equipe que disputou a Copa em 1962, no Chile.

O primeiro jogador de um clube europeu convocado para a seleção foi Dirceu, que foi chamado por Telê Santana para o Mundial de 1982, realizada na Espanha. Na época, o atacante defendia as cores do Atlético de Madrid.

Já em 1990, na Itália, a situação mudou de lado e dos 11 titulares do escrete canarinho apenas dois jogam em times brasileiros: Taffarel, do Inter, e Mauro Galvão, do Botafogo. Logo em seguida, ambos também rumaram para times europeus.

Por fim, seleção brasileira deve ter quase todo o seu elenco composto por atletas que jogam na Europa para a Copa do Mundo de 2022, que ocorre entre novembro e dezembro, no Qatar.