O dia 6 de novembro de 2009 foi a data de um dos confrontos mais alternativos da história do futebol. O Atlético de Sorocaba, time do interior paulista viajou até a Coréia do Norte para enfrentar a seleção local em um amistoso.
Tudo começou com o Reverendo Moon, fundador da Igreja da Unificação, que resolveu investir no futebol brasileiro e adquiriu o time de Sorocaba no começo dos anos 2000. Em busca de levar a equipe a uma excursão pelo mundo, articulou um amistoso diante da seleção norte-coreana, que garantira a vaga para a Copa do Mundo de 2010.
Ao chegar no país, os jogadores do Galo, como é conhecido o Atlético de Sorocaba, tiveram seus passaportes e celulares confiscados pelas autoridades norte-coreanas.
No dia da partida aconteceu o mais inusitado. O placar do estádio Kim Il-Sung anunciava o jogo entre Coréia do Norte x Brasil, dando a entender aos mais de 80 mil presentes, que o time do interior paulista era a seleção brasileira.
“O placar eletrônico estava escrito Brasil, e as cores do Atlético Sorocaba são vermelha e amarela. Como a Coreia do Norte jogou de vermelho, nós atuamos de amarelo, e os caras acharam que éramos a Seleção Brasileira. O estádio tinha 80 mil pessoas e mais 30 mil para o lado de fora. O Imperador obrigou as pessoas a irem pro jogo, e quando ele fala, eles têm que ir. O estádio estava inteiro abarrotado“, relembrou o então técnico Edu Marangon, ao “Lance!”.
Ao final de tudo, o placar de 0 a 0 ficou bom para ambos os lados, uma vez que os atletas brasileiros temiam sofrer alguma punição, caso vencessem. Já os coreanos também poderiam estar sob risco, caso saíssem derrotados do duelo.