No cenário do futebol brasileiro, a Chapecoense é um clube que carrega consigo uma história marcada por superações, união e tragédia. Mas, quando se fala em mascote, qual é o símbolo que representa esse time?
O mascote da Chapecoense é o Índio Condá, uma figura que vai muito além de apenas representar o time em campo.
O mascote está intrinsecamente ligado à história da região e carrega consigo valores de coragem e resistência.
A relação com a história da região
O estádio da Chapecoense, que se chama Arena Condá, leva esse nome porque é uma homenagem a um dos maiores líderes dos indígenas Kaingang no Oeste de Santa Catarina e o nome dele era Vitorino Condá.
A Aldeia Condá, onde Vitorino viveu, está localizada a cerca de 15 quilômetros do centro de Chapecó.
Vitorino Condá foi um cacique que lutou incansavelmente para garantir o direito de seu povo à terra, resistindo aos colonizadores que tentavam se apossar das terras com a titulação do governo brasileiro.
A história conta que Vitorino Condá comandava três reservas indígenas e era respeitado por todos onde passava.
Sua liderança foi marcada pela coragem e força para defender os interesses de seu povo. Quando a Chapecoense foi fundada em 1973, o clube decidiu homenagear esse líder indígena dando o nome de Índio Condá ao seu mascote.
O Índio Condá como símbolo de união
Além de ser uma homenagem à história da região e aos indígenas que habitavam a área, o Índio Condá representa o valor da união.
A história de Vitorino Condá é marcada pela resistência e pela luta para que seu povo tivesse direito à terra. Esses valores de união e luta se refletem na identidade da Chapecoense e de sua torcida.
O mascote Índio Condá, com sua figura corajosa e determinada, simboliza a união da equipe e a resistência frente aos desafios enfrentados pelo clube.
A história da Chapecoense é marcada por momentos de superação, como o título da Série B em 2020 após o trágico acidente aéreo em 2016 que vitimou grande parte da delegação do time.
O indiozinho Carlos Miguel
Em 2016, a tragédia aérea que vitimou a Chapecoense chocou o país e o mundo. Porém, mesmo em meio a tamanha tristeza, a união prevaleceu.
O mascote Índio Condá não apenas representou a equipe em campo, mas também ganhou um símbolo de união em forma de um indiozinho.
Carlos Miguel, um menino de três anos, tornou-se o indiozinho da Chapecoense por acaso. Em uma partida contra o Figueirense, o pai do garoto, Alessandro Garcia, levou-o ao estádio com um cocar de índio.
Ao ver a criança, o homem que encenava o mascote Índio Condá o chamou para o campo, e a ideia do indiozinho surgiu.
A história de Carlos Miguel vestido de índio no estádio emocionou a todos, e sua figura tornou-se ainda mais emblemática para o clube.
Em um gesto de solidariedade, a Fifa publicou a foto do indiozinho durante uma partida da Chapecoense, simbolizando a união do futebol em torno da tragédia que atingiu o clube.
A força da torcida da Chapecoense
Outro aspecto que fortalece a identidade do Índio Condá como mascote da Chapecoense é o apoio da torcida.
A pesquisa realizada pelo Instituto MAPA apontou que a Chapecoense é o clube catarinense com mais torcedores.
A torcida da Chapecoense, conhecida como “Verdão do Oeste”, é apaixonada e engajada, representando uma fonte inestimável de força e apoio para o time.
Os torcedores da Chapecoense carregam consigo os valores do mascote, a coragem e a resistência, e são fundamentais para a identidade do clube.
Mesmo diante das adversidades, a torcida continua unida, apoiando a equipe e mantendo viva a memória da tragédia que uniu o futebol brasileiro em luto e solidariedade.
O mascote da Chapecoense, o Índio Condá, representa muito mais do que uma simples figura que entra em campo com a equipe.
Ele é a personificação da coragem, resistência e união, valores que fazem parte da história da região e que se refletem na identidade do clube e de sua torcida.
A história de Vitorino Condá, o líder indígena que lutou pela terra de seu povo, é honrada pelo clube, que decidiu homenageá-lo com o nome de seu estádio e de seu mascote.
O indiozinho Carlos Miguel simboliza a esperança e a união em meio à tragédia que marcou a história da Chapecoense.
O mascote Índio Condá e sua história são parte essencial da identidade do clube, que carrega consigo a força da união em todos os momentos, sejam eles de alegria ou de tristeza.
A torcida da Chapecoense é a prova viva da importância desses valores, sempre apoiando a equipe e demonstrando que, juntos, é possível superar qualquer desafio.
O Índio Condá é a representação viva desses valores e continuará a ser símbolo de coragem e união para todos que amam e apoiam a Chapecoense.