Um dos maiores traficantes da história, o colombiano Pablo Escobar tem uma relação com o futebol sul-americano e, principalmente, com a Copa Libertadores. Sendo torcedor do Atlético Nacional, viveu durante o auge do time colombiano, que conquistou o título continental em 1989, o que acabou gerando grandes suspeitas em todo o continente por um possível envolvimento do cartel.
Apesar das muitas especulações, os torcedores que vivenciaram aquele período não consideram tal suspeita e procuram desvincular o futebol desse momento que o país enfrentava com drogas. A tentativa é ressignificar o troféu como uma esperança em meio ao cenário de violência da Colômbia.
Alguns argumentam que a relação entre times colombianos e cartéis foi exagerada, principalmente por argentinos, uruguaios e brasileiros que talvez se sentissem ameaçados pela ascensão do Atlético Nacional e do América de Cali.
Para apoiar essa ideia, apontam que não houve erros flagrantes de arbitragem durante a campanha do Atlético Nacional em 1989, nem mesmo nas polêmicas partidas contra Danúbio, na semifinal, e Olimpia, na final, onde surgiram denúncias de suborno e ameaças a árbitros.
John Jairo Tréllez, titular do Atlético Nacional na final e pai do ex-atacante do São Paulo, Santiago Tréllez, não esquece as acusações:
“Sempre falam disso e acho que é um desrespeito. É preciso reconhecer quando outra pessoa ganha. Nos sobrepusemos a qualquer erro que possa ter acontecido. E aposto que nenhum jogador deixaria de bater um pênalti se um juiz tivesse errado. Estávamos ali para jogar e merecemos o título pelo que jogamos, independentemente das reclamações”, relatou
O time colombiano viria a conquistar novamente da Libertadores em 2016, quando bateu o Independiente Del Vale.