Não é apenas no comando técnico das esquipes que os estrangeiros estão em alta no futebol brasileiro. Em campo os gringos também estão com mora no Brasil. Prova disso é que entre os 20 clubes que irão disputar a Série A do Brasileirão em 2023, 94 jogadores têm nacionalidade estrangeira.
Na lista, o São Paulo é quem mais conta com gringos no elenco – nove (além de dois brasileiros naturalizados portugueses). O Cruzeiro aparece como o único da primeira divisão que tem plantel 100% brasileiro – tirando o treinador português, Pepa.
A diversidade de nacionalidades conta com 15 bandeiras diferentes, além da brasileira, na Série A. Os argentinos dominam: 31 jogadores. Em segundo lugar, o Uruguai, com 21. Na América do Sul, Colômbia, Venezuela, Equador, Chile, Bolívia e Paraguai também são representados.
Fora da América do Sul, são 11 atletas de sete países diferentes: Ucrânia, Trinidad e Tobago, Bulgária, China, Rússia, Estados Unidos e Portugal. Alguns possuem dupla nacionalidade.
Corinthians, Internacional e São Paulo são os clubes com maior número de bandeiras no elenco. Seis nacionalidades ao todo, além da brasileira, compõem cada um dos times. Entre as equipes com gringos, apenas o Goiás tem só um país (um jogador argentino).
No Botafogo, o garoto Darius Lewis – com um jogo e quatro minutos apenas em 2023 – nasceu nos Estados Unidos, mas tem nacionalidade de Trinidad e Tobago. Os estadunidenses da lista são Jacob Montes, também do Botafogo, e Jhonny, do Internacional. Mário Fernandes, também do Inter, nasceu aqui, mas também é registrado na Rússia.
Já Cicinho, do Bahia, nasceu no Brasil, mas tem nacionalidade búlgara. Assim como os nacionalizados portugueses Marcos Paulo e João Moreira, do São Paulo.
Os chineses da lista são Ricardo Goulart (Bahia), Aloísio (América-MG) e Alan (Fluminense). Apesar de terem saído daqui, os dois se naturalizaram chineses e, por conta da lei do país oriental, precisaram renunciar à nacionalidade brasileira. O processo para ganhar o passaporte chinês ganhou força em 2019 como parte de um projeto para formar uma seleção nacional mais forte.
Cabe ressaltar que, no início do ano, os clubes da Série A aprovaram por unanimidade o aumento de cinco para sete jogadores estrangeiros a serem relacionados por partida.
Veja quem são os gringos de todos os 20 clubes do Brasileirão 2023:
América-MG
Emmanuel Martínez e Martín Benítez (Argentina)
Mastriani (Uruguai)
Aloísio (China)
Athletico-PR
Cuello (Argentina)
Canobbio e Terans (Uruguai)
Bryan Garcia (Equador)
Luciano Arriagada (Chile)
Atlético-MG
Saravia, Zaracho, Battaglia e Pavón (Argentina)
Maurício Lemos (Uruguai)
Eduardo Vargas (Chile)
Bahia
Lucas Mugni (Argentina)
Nicolás Acevedo (Uruguai)
Jhoanner Chavez (Equador)
Cicinho (Bulgária)
Ricardo Goulart (brasileiro naturalizado chinês)
Botafogo
Leonel Di Plácido, Joel Carli e Víctor Cuesta (Argentina)
Luis Segovia (Equador)
Matias Segovia e Gatito (Paraguai)
Darius Lewis (Trinidad e Tobago)
Jacob Montes (EUA)
Bragantino
Kevin Lomónaco (Argentina)
Laquintana e Thiago Borbas (Uruguai)
Mosquera (Colômbia)
Hurtado e Realpe (Equador)
Corinthians
Fausto Vera (Argentina)
Bruno Méndez (Uruguai)
Cantillo (Colômbia)
Balbuena e Romero (Paraguai)
Rafael Ramos (Portugal)
Júnior Moraes (nasceu no Brasil, mas tem nacionalidade ucraniana)
Coritiba
Marcelino Moreno (Argentina)
Jesús Trindade (Paraguai)
Jhon Chancellor (Venezuela)
Kuscevic (Chile)
Cruzeiro
Apesar de nenhum gringo no elenco, o Cruzeiro tem a comissão técnica portuguesa, chefiada pelo técnico Pepa. Na diretoria, o argentino D’Alessandro atua como coordenador de futebol.
Cuiabá
Nicólas Quagliata e Pablo Ceppelini (Uruguai)
Isidro Pitta (Paraguai)
Flamengo
Varela e Arrascaeta (Uruguai)
Vidal e Pulgar (Chile)
Fluminense
Cano (Argentina)
Jhon Arias (Colômbia)
Alan (China)
Fortaleza
Emanuel Brítez, Tomás Pochettino, Juan Martín Lucero e Silvio Romero (Argentina)
Bryan Ceballos (Colômbia)
Goiás
Julián Palacios (Argentina)
Grêmio
Kannemann e Cristaldo (Argentina)
Felipe Carballo e Luis Suárez (Uruguai)
Villasanti (Paraguaio)
Inter
Bustos e Mercado (Argentina)
De Pena (Uruguai)
Nicolás Hernández (Colômbia)
Aranguiz (Chile)
Jhonny (EUA)
Mário Fernandes (brasileiro naturalizado russo)
Palmeiras
José Manuel López (Argentina)
Piquerez (Uruguaio)
Richard Rios e Eduard Atuesta (Colômbia)
Gustavo Gómez (Paraguai)
Santos
Carbajal (Argentina)
Rodrigo Fernández (Uruguai)
Stiven Mendoza e Daniel Ruiz (Colômbia)
Soteldo (Venezuela)
Zabala e Miguelito (Bolívia)
São Paulo
Alan Franco, Galoppo e Calleri (Argentina)
Michel Araújo e Gabriel Neves (Uruguaios)
Orejuela (Colômbia)
Arboleda e Jhegson Méndez (Equador)
Nahuel Ferraresi (Venezuela)
Marcos Paulo e João Moreira (brasileiros naturalizados portugueses)
Vasco
Manuel Capasso e Orellano (Argentina)
Pumita (Uruguai)
Galarza (Paraguai)