Novos detalhes da Operação Penalidade Máxima apontam que apostadores do futebol brasileiro já vinham manipulando jogos desde o primeiro turno do Brasileirão Série A.
De acordo com imagens reveladas no processo, as transferências de dinheiro que partiam da organização para os atletas já aconteciam desde julho. Uma conversa divulgada com os jogadores mostra datas de jogos do primeiro turno da competição.
As imagens apontam para uma transferência de R$ 40 mil para um atleta que afirma ter cumprido sua parte no acordo. Já outro envolvido não tem os valores identificados, apenas fotos com várias notas de R$ 50 e de R$ 100.
Os duelos aconteceram dois meses antes do primeiro jogo oficialmente investigado pelo MP-GO, que é Palmeiras e Juventude, que ocorreu em setembro.
O dialogo revelado acontece entre Romarinho, um outro membro da quadrilha e um jogador, que se diz interessado em também ser um apostador.
A Operação Penalidade Máxima no futebol brasileiro
A investigação está em sua segunda fase e já citou mais de 53 jogadores. Segundo o Ministério Público de Goiás, o grupo operava em casas de apostas famosas como Bet365 e Betano. O objetivo era aliciar jogadores a cometer infrações como levar um cartão amarelo ou vermelho e até cometer um pênalti.
O Estatuto do Torcedor aponta que “dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição desportiva ou evento a ela associado”. A pena prevista é de 2 a 6 anos de prisão e multa.