O Brasileirão Série A 2023 teve sua largada no último sábado (15), com 7 jogos, e os demais confrontos ocorreram no domingo (16), e assim fechou o primeiro fim de semana da competição na temporada. A novidade do certame foi a nova determinação da CBF a respeito da arbitragem ser mais severa com os jogadores e comissão técnica que reclamarem excessivamente. Em resumo, foram 21 cartões por reclamação na 1ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Na rodada de estreia, apenas os duelos Botafogo x São Paulo e Bragantino x Bahia não tiveram punições seguindo as novas diretrizes da CBF sobre a arbitragem do Brasileirão.
O objetivo da nova orientação é punir jogadores e comissão técnica que reclamarem excessivamente contra a equipe de arbitragem do jogo, o que acaba por atrapalhar o andamento das partidas.
Média de cartões no Brasileirão com nova orientação
A média de cartões por reclamações na primeira rodada do Brasileirão é de 126% superior às edições passadas. O comparativo é feito a partir do Campeonato Brasileiro de 2019, temporada a qual as comissões técnicas passaram a ser punidas pelo excesso de reclamações nos jogos.
Os 21 cartões aplicados nesta primeira rodada do Campeonato Brasileiro representam uma média de 2,1 por partida. As edições anteriores do certame, de 2019 a 2022, contaram com as aplicações de 1.408 cartões por reclamação, o que dá uma média 0,93 por duelo.
O Jorge Sampaoli – que acaba de fechar com o Flamengo – e Abel Ferreira, são os técnicos mais indisciplinados da competição. E após a vitória do Palmeiras sobre o Cuiabá, por 2 a 1, o português comentou a respeito da nova orientação.
O que disse Abel Ferreira sobre a arbitragem?
Diante do Cuiabá, o técnico Abel Ferreira deixou a área técnica mais cedo, ao ser expulso pelas reclamações contra a arbitragem, e após o jogo revelou que está muito triste com a situação.
“Hoje estou triste, triste mesmo. Uma parte do meu coração está feliz porque ganhamos um jogo difícil. Mas estou triste… Pá, estou triste. Eu gosto de ver o futebol, sou intenso quando estou dentro das quatro linhas, intenso no jogo. Talvez seja essa tolerância zero, que ainda não estou adaptado. Mas estou triste. Acho que meus jogadores não mereciam ficar sem o treinador no banco. Eles sabem o quanto me esforço para os ajudar. Foi tudo muito confuso. Eu não queria ser expulso, tinha um objetivo meu. Fui expulso na Supercopa, levei dois amarelos até agora, mas não adianta. Não estava nos meus planos ser expulso hoje. Não sei se o trabalho que estou fazendo é suficiente, se é a tolerância zero, se o meu português não está claro… Não sei, não sei”, lamentou o técnico do Palmeiras.