A Copa do Mundo de Futebol Feminino 2023 pode não ser exibida na Europa. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, ameaçou não negociar os direitos de imagens do torneio para emissoras europeias.
Segundo comunicado emitido pela entidade, as ofertas feitas pelas emissoras para transmitir o torneio são muito abaixo das expectativas. A Copa do Mundo Feminina tem como sede Austrália e Nova Zelândia e começa no dia 20 de julho.
Comunicado da Fifa
Gianni Infantino declarou que as propostas enviadas pelas emissoras são inaceitáveis devido ao baixo valor oferecido. “De 20 a 100 vezes inferiores que as recebidas para a Copa do Mundo masculina”, disse ele.
O presidente vê esse movimento como um desrespeito à modalidade e ao torneio mais importante do mundo para o futebol feminino. “Se as emissoras continuarem sendo injustas com a Copa do Mundo feminina e com as mulheres, nós teremos a obrigação de não exibir a Copa do Mundo feminina nestes cinco grandes países europeus”, declarou Gianni.
O mandatário da Fifa recordou que as mesmas emissoras desembolsaram entre 100 e 200 milhões de dólares para exibir a Copa do Mundo do Catar. Já para o Mundial Feminino, elas mandaram ofertas de 1 a 10 milhões de dólares.
A questão do fuso horário é o grande empecilho que dificulta as negociações com os países europeus, especialmente os “cinco grandes países do futebol” (Itália, Espanha, Alemanha, Grã-Bretanha e França). Gianni diz que esse fator pode ser contornado por boa vontade das emissoras.
“Eu sei que as partidas não serão exibidas no horário nobre na Europa, mas serão disputadas “às 9 ou 10 da manhã, o que é muito razoável”, lembrou
A Fifa já fechou contrato de transmissões com Estados Unidos, Canadá e Brasil. O Brasil está no grupo F do torneio, com França, Jamaica e Panamá. A estreia da seleção brasileira será diante do Panamá, dia 24 de julho, às 8h (horário de Brasília).