Presidente da FIFA finalmente admite o que todos já pensavam e quase ninguém falava
Na reunião do 48º Congresso Ordinário da UEFA, que ocorreu em Paris, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, reforçou a necessidade de combater o racismo no futebol. O líder da organização global de futebol reiterou sua proposta de aplicar uma derrota automática em casos de racismo.
Segundo Infantino, as medidas existentes tomadas pelas organizações para combater o problema não são suficientes. Infantino, em seu discurso aos líderes do futebol europeu, declarou: “Há muitos incidentes racistas nos últimos tempos. É preciso parar isso. O racismo é crime, é preciso erradicá-lo. O que fazemos não é suficiente.”
Ele ainda propôs que as organizações trabalhem juntas nos próximos três meses, preparando-se para o congresso da FIFA em maio, para encontrar soluções eficazes contra o racismo no esporte. A perda automática para os clubes responsáveis foi um dos pontos sugeridos por Infantino.
A ideia é que haja um protocolo em três etapas para lidar com incidentes de racismo. Se ocorrerem, a partida seria interrompida até duas vezes antes de ser considerada abandonada, resultando na derrota automática do clube responsável.
Esse discurso aconteceu no contexto de um recente caso de racismo, onde em um jogo que resultou na vitória do Milan por 3 a 2, a partida foi interrompida por cerca de cinco minutos. Isso ocorreu porque o goleiro Mike Maignan do Milan relatou ao árbitro que estava sendo alvo de ofensas racistas. Os jogadores tiveram que deixar o campo durante esse tempo, antes de retornarem e retomarem o jogo.
Gravidade do racismo no futebol A opinião geral é que a legislação existente não é suficiente para lidar com a gravidade do problema do racismo no futebol. A discussão resultou em um intenso debate sobre a persistência da impunidade em casos de racismo.
O presidente da FIFA claramente acredita que ações mais duras precisam ser implementadas para combater eficazmente o racismo no esporte. E com ou sem a adoção de perdas automáticas para clubes onde ocorrem casos de racismo, o consenso entre todos é que a situação atual é inaceitável e que é necessário implementar reformas significativas imediatamente.