Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, não compareceu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga esquemas de manipulação de resultados. A sessão estava marcada para esta segunda-feira (11).
O mandatário disse que não aceitou o convite para ser ouvido pela CPI, mas os deputados devem convocá-lo para prestar seu depoimento.
Presidente da CBF na CPI
Devido à ausência de Ednaldo na sessão, a CPI teve que adiar o prazo de conclusão do processo. O encerramento estava marcado para a próxima quinta-feira (14).
Apesar de o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, não costumar prorrogar o prazo das CPIs (haja visto os exemplos da Americanas e MST, que vencem nesta quinta), ele autorizou a CPI das apostas continuar seus processos sob a presidência de Julio Arcoverde.
Os advogados de Ednaldo Rodrigues informaram que o presidente só retorna ao Brasil no dia 15 de setembro, em função dos compromissos com a entidade. Com a extensão do prazo de encerramento da CPI, Ednaldo poderá ser ouvido pelos deputados.
Os parlamentares discutem agora se o presidente será convidado ou convocado a prestar depoimento. No último caso, a presença de Ednaldo será obrigatória.
Diante do atual cenário da CPI, a CBF pode entrar na mira dos parlamentares. Uma das empresas ouvidas pela Comissão foi a Sports Radar, que presta serviços para a CBF desde 2017.
A empresa disse que informava a entidade sobre movimentações suspeitas no mercado de apostas. Assim, a CBF deve ser questionada sobre as atitudes tomadas para investigar possíveis manipulações.