O jogador Thales Lira, ex-Internacional, e sua esposa, Pâmela Prates, deverão receber uma indenização de R$ 30 mil de uma clínica após entrarem na justiça com uma acusação de injúria racial. O caso ocorreu após uma mensagem enviada via Whatsapp por um médico que também é sócio do local. O conteúdo da mensagem anexada ao processo apresentou a seguinte frase: “Até tento mudar o meu pensamento de preconceito, mas vocês não deixam! Taí a prova!”.
O juiz que analisou o caso em primeiro grau, ressaltou o seguinte na sentença: “Essa frase, acompanhada de foto do casal e gargalhadas do tipo “hahaha”, não teve outro objetivo a não ser diminuir os autores em função da sua cor de pele. Assim, cumpre reconhecer que os autores tiveram os seus direitos de personalidade seriamente violados pelo preposto da ré, razão pela qual deve a clínica reparar civilmente os prejuízos que eles sofreram”.
A clínica entrou com recurso contra a decisão, mas o desembargador relator do caso, Tasso Caubi Soares Delabary, pontuou que não há dúvidas acerca da injúria racial. O advogado do casal, Fellipe Kliszewski Mallmann, contou que o jogador procurou a clínica para realização de uma cirurgia. O procedimento foi agendado por Whatsapp, porém o atleta não apareceu no dia. Em conversa com um médico, eles contaram que o jogador havia desistido do procedimento por não se estar confortável.
Carreira
Thales passou pelos clubes São José, de Porto Alegre e Cerâmica, de Gravataí até ser descoberto pelo Internacional onde teve as primeiras oportunidades entre os profissionais em 2013. Em 2015, foi emprestado ao Bahia e depois passou por Atlético-GO e CSA. Atualmente o zagueiro está no Operário-PR e já participou de 13 jogos atuando pelo clube na Série B do Campeonato Brasileiro.