O mundo do futebol é palco de mais uma controvérsia com um envolvimento de ex-jogador do Barcelona e presidente do Andorra CF, Gerard Piqué. Em questão estão negociações suspeitas envolvendo o ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales.
No centro da polémica está um suposto contrato de Piqué com a Federação para negociar a venda da Supercopa da Espanha à Arábia Saudita. Entretanto, através de um escrito enviado à juíza encarregada da investigação, o ex-futebolista nega a contratação afirmando que houve uma má interpretação das suas palavras.
Ele ressalta que o acordo foi entre sua empresa, Kosmos, e a Arábia Saudita, sem envolvimento direto da RFEF. Este depoimento contrasta com as informações e gravações publicadas por El Confidencial, as quais indicam um papel relevante de Piqué no acordo entre a Federação e o país asiático.
Os detalhes do contrato firmado
De acordo com os documentos revelados, um contrato assinado em 11 de setembro de 2019 envolveu a empresa de Piqué, Kosmos Futebol SL, que teria recebido um pagamento expressivo de 24 milhões de euros (R124 milhões) de comissão dos sauditas pela venda dos direitos da Supercopa.
A mesma conta bancária usada por Piqué para pagar a posição da Federação Espanhola para o FC Andorra foi também usada para receber um total de 11.999.000 euros da empresa saudita SELA, a partir de 18 de dezembro de 2019.
Benefícios para Rubiales
No contrato em questão, Luis Rubiales, ex-presidente da RFEF, também teria obtido vantagens financeiras. A partir de 2020, a parte variável de seu salário passou a ser classificada de acordo com a receita total da RFEF, e não apenas com as ligadas a patrocínios.
O caso está a ser examinado pelo Juizado de Instrução nº4 de Majadahonda (Madri), que incluiu na investigação o documento do contrato referente à venda dos direitos da Supercopa à Arábia Saudita. Esta controvérsia adiciona um novo capítulo às histórias de má gestão e negócios questionáveis no mundo do futebol.