Pentacampeão não pensa duas vezes e rejeita seleção

Especulado na seleção brasileira para a nova comissão técnica que comandará o Brasil no próximo ciclo olímpico, o ex-jogador Kaká, ídolo de São Paulo e Milan e último brasileiro eleito o melhor jogador do mundo, não titubeou e negou qualquer possibilidade de assumir algum cargo na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Kaká revelou que não quer assumir a vaga de coordenador da seleção brasileira no momento, vaga que pertencia ao também ex-jogador Juninho Paulista até a Copa do Mundo 2022.

Mas o que aconteceu para Kaká recusar de cara a seleção brasileira?

O ex-jogador está concentrado em outras questões, pessoais e também profissionais. Kaká tem planos de seguir no futebol, mas, por ora, não na CBF. Kaká era um dos nomes à mesa da CBF para ser coordenador da seleção. Na visão do presidente Ednaldo Rodrigues, essa figura tem que abraçar a principal e também as equipes de base do Brasil.

Kaká segue à disposição da CBF para ajudar na negociação com o italiano Carlo Ancelotti para ser técnico da seleção. Ambos trabalharam juntos no Milan e têm bom relacionamento. Não houve um convite formal da CBF a Kaká, mas aconteceram conversas e discussões de ideias sobre assumir o cargo que foi ocupado nos últimos anos por Juninho Paulista.

Nome bem aceito na CBF

Kaká sempre foi muito elogiado pelo presidente da CBF. No Catar, Ednaldo chegou a dizer que gostaria de contar com ele na entidade, mas não apontou um cargo específico. O nome de Kaká ganhou mais força no fim do ano passado, quando passou a colaborar na intermediação das conversas para Carlo Ancelotti suceder a Tite na seleção.

Kaká entrou no radar da CBF por indicação de Ronaldo Fenômeno, o primeiro nome de peso a participar da busca por Ancelotti. Ednaldo Rodrigues entende a postura de Kaká sobre a própria carreira e a visão do ex-jogador para os projetos pessoais.

Kaká parou de jogar em 2017 e está hoje mais concentrado na filha recém-nascida. Ele também tem outros planos no futebol internacional. Ano passado ele concluiu o Master da Uefa oferecido a ex-jogadores.

O cenário na CBF

Sem um coordenador da seleção, o departamento de seleções é um assunto conduzido pelo próprio Ednaldo Rodrigues. O presidente da CBF delegou a Ramon Menezes a função de interino no amistoso contra Marrocos, que será em 25 de março. Ednaldo já avisou que não tem pressa para contratar tanto o novo coordenador quanto o novo técnico da seleção.