Nunca se questionou o poder da bola parada no futebol. Independente de país, liga, ou divisão, o treino do fundamento é essencial em todos os times e tem a capacidade de definir um título. No Atlético Mineiro, por enquanto, é o que garante o início invicto no Campeonato Estadual com quatro vitórias e um empate.
Engana-se, porém, quem acha que o ótimo desempenho do Galo em bola parada é fruto de jogadas ensaiadas do argentino Eduardo Coudet. O responsável, na verdade, é Hulk. Só podia ser ele, né? Em cinco rodadas, o atacante ídolo tem três gols de falta e dois de pênalti. Ou seja, é mais da metade das nove bolas na rede do Atlético Mineiro em toda a temporada.
“Bombas paradas”
Os números podem dar várias visões à torcida atlética. Uma, obviamente, trata de como o craque se tornou um especialista em bolas paradas, ou, como publicou o amigo Betinho Marques, “bombas paradas”.
O último, inclusive, recebeu elogios até do dirigente rival, Ronaldo: “fez um golaço. Ninguém esperava.” Além dos cinco tentos em “bombas paradas”, Hulk anotou mais um com a bola rolando, diante do Tombense na segunda rodada, que garantiu a vitória por 2 a 1 nos instantes finais.
Hora de mudar isso!
A visão negativa, como você já pode imaginar, é a dependência do Atlético Mineiro. Se tirarmos os seis gols do Hulk, sabe quem são os outros que marcaram? Paulinho, com mais dois, e Rubens. Somente três jogadores balançaram as redes em cinco jogos e a maioria dos tentos saiu de bolas paradas com o pé esquerdo de Hulk.
A chance de mudar o panorama é neste sábado, às 16h30, diante do Patrocinense. O treinador Eduardo Coudet pretende poupar o time principal, de olho na Pré Libertadores da próxima semana, e dá chances para novos jogadores.