O Bayern de Munique vive sua pior fase dos últimos 12 anos, e o clube já apontou o grande culpado pelo péssimo momento da equipe. Os Bávaros escolheram Oliver Kahn como o grande responsável pela fase desastrosa da equipe dentro de campo, e muito por conta de suas lambanças protagonizadas como CEO, que culminaram nas eliminações do conjunto na Champions League e pode fazê-lo decretar o fim de sua hegemonia de uma década na Bundesliga.
Segundo informações da imprensa alemã, a cúpula do Bayern já estuda a demissão de Oliver Kahn ao término da temporada 2022/2023. Ao fim da jornada em curso, o clube reunirá com o conselho administrativo do clube para tomar a decisão.
Ex-goleiro da seleção alemã, Oliver Kahn é conhecido pelo público brasileiro por conta dos dois gols que tomou de Ronaldo, na final da Copa da Mundo de 2002, falhando no primeiro gol do Brasil.
Em 2021, o ex-arqueiro se tornou diretor-executivo do Bayern, como substituto de Karl-Heinz Rummenige, que estava no cargo havia 19 anos.
No entanto, em apenas duas temporadas à frente do cargo como CEO do Bayern, Kahn tem tomado algumas escolhas que são tidas como desastrosas.
Decisões de Oliver Kahn à frente do Bayern de Munique
Ao término da última temporada, Kahn não conseguiu administrar a crise instalada pelo desejo de Robert Lewandowski para ser transferido para o Barcelona, e muito menos convencer seu artilheiro a permanecer no clube. Portanto, o polonês, que é o segundo maior goleador da história da equipe bávara, deixou a Allianz Arena por um valor insignificante.
A segunda atuação do profissional à frente do cargo de CEO do Bayern que gerou insatisfações ocorreu no momento de ele escolher um centroavante para substituir Lewandowski. Oliver deixou de lado a tradição do clube em contar em um camisa 9 clássico para apostar na contratação de Sadio Mané junto ao Liverpool, que é um atacante com características diferentes e que atua mais pelo lado do campo.
Já uma outra decisão que foi tida pela imprensa alemã como uma verdadeira lambança de Oliver ocorreu quando ele decidiu bater de frente com o histórico goleiro bávaro Manuel Neuer, ao demitir seu preparador de goleiros Toni Tapalovic, que além de ser o melhor amigo, é padrinho de casamento do arqueiro.
A decisão de Oliver foi tomada com base em um pedido pessoal do então técnico do clube Julian Nagelsmann, o qual desconfiava que o profissional vazava informações que eram discutidas pelos comandantes da equipe. No entanto, o treinador foi desligado de suas funções 2 meses depois.
Na época do desligamento, o Bayern tinha 100% de aproveitamento na Champions League, e Julian foi demitido após Oliver decidir que seria o melhor para clube por conta da derrota por 2 a 1 para o Bayer Leverkusen e da queda de rendimento apresentada na reta final da temporada.
Sendo assim, Thomas Tuchel foi contratado, mas não deu o gás que o time precisava, tendo um efeito contrário. Ou seja, o Bayern ganhou apenas 2 jogos 7 das partidas que disputou sob o comando do novo treinador.
Como se não bastasse, os Bávaros foram eliminados da Champions League para o Manchester City (por 4 a 1 no agregado), caiu na Copa da Alemanha para o Freiburg, e ainda foi ultrapassado na liderança da Bundesliga pelo Borussia Dortmund. E agora está 1 ponto atrás do rival, faltando apenas 5 rodadas para o término do Campeonato Alemão.
Aproveitamento do Bayern nos últimos 12 anos na Bundesliga
2010/11 (3º colocado): 63,7% dos pontos
2011/12 (vice): 71,6% dos pontos
2012/13 (campeão): 89,2% dos pontos
2013/14 (campeão): 88,2% dos pontos
2014/15 (campeão): 77,5% dos pontos
2015/16 (campeão): 86,3% dos pontos
2016/17 (campeão): 80,4% dos pontos
2017/18 (campeão): 82,4% dos pontos
2018/19 (campeão): 76,5% dos pontos
2019/20 (campeão): 80,4% dos pontos
2020/21 (campeão): 76,5% dos pontos
2021/22 (campeão): 75,5% dos pontos
2022/23: 67,8% dos pontos.