O que houve com o maior torcedor símbolo do Brasil em Copas?

Esta será a segunda Copa do Mundo sem a presença de Clóvis Acosta Fernandes, mais conhecido como “Gaúcho da Copa”, torcedor símbolo da seleção brasileira que acompanhava o Brasil em Mundias de 1990 à 2014. Em 2015, ele morreu em decorrência de um câncer e deixou órfãos dois filhos e uma nação que já estava acostumada a vê-lo nas arquibancadas mundo afora, sempre vestido com a amarelinha, um chapéu, munido de uma réplica da taça da Copa do Mundo e ostentando um vistoso bigode branco.

Mas a seleção canarinho não ficou órfã da torcida da família Fernandes. Isso porque os dois filhos de Clóvis, Frank, 44 anos, e Gustavo Damasceno, 37, que estiveram ao lado do pai em muitas dessas jornadas, decidiram manter a tradição na Rússia em 2018.

Para curtirem a Copa do Mundo Catar 2022, ainda correm atrás de recursos e de patrocínio para a viagem ao Oriente Médio. Os irmãos têm planejada a produção de conteúdos para internet contando o dia a dia de torcedores em meio a uma Copa do Mundo, com os “perrengues” que possam acontecer durante uma trajetória sem luxo, além, claro, dos jogos da Seleção no torneio.

O legado do “Gaúcho da Copa”, torcedor símbolo do Brasil em Copas do Mundo

O rosto de Clóvis ficou bastante conhecido mundo afora. Afinal de contas, foram inúmeras as aparições na TV devido a participação dele em grandes eventos e jogos da seleção brasileira. E o “Gaúcho da Copa” não curtia só os Mundias. Além de ver de perto o Tetra, em 94, e o Penta, em 2022, também esteve presente em outras competições, como Copa América e Olimpíadas.

A saga em Copas do Mundo, iniciada em 1990 por Clóvis, teve a companhia de um dos filhos pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1994, com Frank, o mais velho. Quatro anos depois, na França, foi a vez de Gustavo “estrear” nas viagens.

Sete anos depois da morte do pai, os irmãos seguem o legado de demonstrar a paixão por futebol e pela seleção brasileira por onde passam, especialmente em uma Copa do Mundo.

“Sabemos o quanto é difícil levar isso adiante, não deixar essa história acabar. Costumo dizer que seguiríamos indo, apaixonados pela Seleção, mas com o legado do meu pai é outra coisa, é levar os costumes gaudérios mundo afora, o chapéu, a forma cordial de torcer, não o que se vê em muitos lugares do mundo. Essa é nossa missão”