O futebol inglês instruiu os árbitros do país a darem acréscimos de acordo com o tempo exato utilizado durante comemorações, lesões e substituições. Essa medida não agradou à Uefa.
A entidade máxima do futebol europeu não pretende adotar essa postura durante os torneios organizados por ela.
Uefa e recomendação de acréscimos
Dar mais tempo de acréscimo durante as partidas foi uma recomendação da Fifa durante as Copas do Mundo Masculina e Feminina. A intenção é que os jogos tenham mais tempo de bola rolando.
O chefe da Uefa e ex-meia do Milan, Zvonimir Boban, classificou a recomendação como um absurdo e disse que os jogos das competições da entidade não terão tanto tempo de acréscimo como visto no campeonato inglês, por exemplo.
“É absurdo. Em relação ao bem-estar dos jogadores, é uma espécie de pequena ou grande tragédia, porque estamos adicionando quase 12, 13, 14 minutos”, declarou
Boban utilizou sua experiência como jogador para justificar o prejuízo que muito tempo de acréscimo causa nos atletas.Quando você joga 60, 65 minutos – posso falar com base na minha experiência, especialmente como meio-campista – você se cansa nos últimos 30 minutos do jogo. E então alguém vem e acrescenta mais 15 minutos”, completou.
Roberto Rossetti, diretor de arbitragem da Uefa, concordou com o chefe da entidade. “Há algo mais importante do que a precisão do tempo adicional. Dizemos aos nossos árbitros para acelerarem o reinício do jogo em vez de se concentrarem no tempo de acréscimo”, finalizou.
A Uefa realizou nesta quinta-feira (31) o sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões 23/24. A competição começa no dia 19 de setembro.