Um dos grandes nomes da história do São Paulo, Muller viveu períodos turbulentos com a camisa do Tricolor, principalmente com Telê Santana. O caso aconteceu quando o jogador pediu para não viajar com o elenco se queixando de dores no joelho, mas o treinador não voltou e após o jogo, afastou o atacante,
O jogador não gostou da atitude do técnico e resolveu viajar ao litoral, onde passou 15 dias no meio da temporada e prometeu procurar outro clube. No entanto, com a decisão do mundial em 1993, o time fez pressão para o treinador perdoá-lo: “precisamos dele para o Mundial, depois faça o que quiser com ele”, diziam o elenco.
Entre os vários responsáveis pela volta do atacante foi o presidente do São Paulo, José Eduardo Mesquita Pimenta, juntamente com Raí e Zetti que procuraram Muller para o convencer de retornar ao time. O presidente chegou a ligar para o atacante para chamá-lo para conversa: “vem pra cá se reconciliar com ele, a gente precisa de você”.
O atacante concedeu entrevista ao fim de sua carreira e revelou que apesar desse episódio, a relação entre os dois era no geral muito boa, como pai e filho.
“Discordava porque sempre morei no Morumbi. Quando a gente jogava ali, era do lado da minha casa. Nós (ele e Telê) tínhamos essas divergências. Quando eu jogava bem, ele dizia que eu era um filho rebelde, mas que ele amava. O melhor era depois do treino. A gente se reunia no centro do campo e ficava uma hora conversando com ele. Ali ele se abria. Era um relacionamento muito legal”, contou.