Uma situação inusitada aconteceu no Campeonato Pernambucano sub-20 em 2018 com o Náutico. O time que vinha sendo desatque da competição com melhor aproveitamento ficou de fora das semifinais da competição por escalar o zagueiro Richard, que estava suspenso com três cartões amarelos contra o América-PE.
Justiça determinou que o Náutico perdesse 6 pontos, o que tirou o Timbu das semifinais. No entanto, o entendimento do clube pernambucano era de que só devia perder 3 pontos, que ainda o deixaria na zona de classificação. No lugar, a federação classificou o próprio América-PE. O diretor de competições da FPF-PE, Murilo Falcão, se respaldou no Código Brasileiro de Justiça Desportiva para a punição.
“O artigo 214 do CBJD fala que a perda é dos pontos que o Tribunal determinar, mais os pontos da partida. O TJD puniu o Náutico com três pontos. O Náutico está fazendo o entendimento beneficiando o lado dele”, disse Murilo na época.
O vice-presidente de futebol do Náutico, Diógenes Braga, não se contentou com a punição e se mostrou surpreso com a decisão da Federação Pernambucana de Futebol.
“Fomos para o julgamento e fomos punidos com a perda de três pontos. Acatamos a pena e fomos para a última rodada. Hoje a FPF divulgou em seu site como o América-PE classificado. Fizemos contato e eles entendem que fora o julgamento, teria que tirar também os pontos do jogo. O nosso entendimento é que não e o texto é bem claro. Fala em três pontos, independentemente do resultado do jogo. Passamos para o nosso jurídico e vamos recorrer. Em nenhum momento fomos notificados sobre seis pontos. Fomos ao julgamento sabendo que podíamos perder de zero a seis pontos e perdemos três”, disse.