Presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Seneme informou que o Campeonato Brasileiro 2023 chega com novidades. Entre elas está a que a comunicação na revisão de lances pelo VAR será feita em áudio e vídeo para todo o estádio, além da redução do número de jogadores no aquecimento, mais rigor contra reclamações durante checagem do árbitro de vídeo e mais minutos a serem acrescidos além do tempo regulamentar.
Todas essas mudanças já foram repassadas aos clubes. E uma outra nova recomendação pode beneficiar os clubes a fazerem mais gols, fazendo com que tenham menos tentos invalidados pelo VAR.
Essa nova mudança envolvendo a linha de impedimento já foi utilizada em treinos promovidos pela CBF na Barra da Tijuca e recomendada aos clubes participantes do Brasileirão. Isso inclui que, a partir de agora, o Árbitro de Vídeo vai validar o gol sempre que a linha do atacante estiver sobreposta à linha do zagueiro. Desta forma, a nova recomendação vai gerar mais gols e menos impedimentos.
Seneme explica as mudanças da CBF na arbitragem do Brasileirão
A CBF vai adotar mais transparência na decisão da arbitragem. Portanto, o público poderá ouvir áudio e acompanhar pelo telão as decisões do árbitro em lances capitais da partida.
“A arbitragem vai comentar, em breves palavras, a decisão técnica e disciplinar – se foi cartão ou não, se foi pênalti ou não. Ou se ele mantém a decisão dele. Isso será transmitido no telão e é importante para quem está no estádio e quem acompanha pela TV. Mostra transparência e respeito muito grandes. Estamos preparando os árbitros de elite para não cometerem nenhum equívoco também na hora de se expressar”, explicou Seneme.
Sobre as linhas de impedimento, detalhou: “Quando as linhas estiveram lado a lado, mesmo que encostadas, continuam valendo a cor. Mas quando sobrepor uma a outra ela fica numa cor única, azul, e beneficia o ataque. Isso vem de encontro a uma solicitação dos clubes no ano passado. Aquela precisão do momento em que o jogador bate na bola para fazer o lançamento é praticamente impossível de captar”.
Outra mudança é ter mais rigor no momento da checagem do árbitro de vídeo. “A Fifa está preocupada com a ação de jogadores e técnicos para pressionar a arbitragem. Esse ponto foi tocado no seminário de Madri. A gente precisa ter um ambiente limpo e controlado. Dando um exemplo prático: toda vez que o árbitro for fazer a revisão do VAR e o jogador for correndo atrás do árbitro, receberá o cartão amarelo. Na zona de revisão, se tiver alguém perturbando ele, também vai mostrar o cartão amarelo”, pontou.
Além disso, explicou que os jogos terão maior tempo de acréscimos, e tudo isso tem como base muito do que se viu na Copa do Mundo, do Catar.
“A Copa do Mundo é uma referência também para a arbitragem. Acréscimo por comemorações de gols e marcação de pênalti, quando o árbitro, para fazer toda a gestão, gasta no mínimo um minuto. Só esses dois exemplos, se levarmos para os jogos, temos mais alguns minutos de acréscimos desses tempos que antes os árbitros não tinham em conta e agora precisam estar atentos para repor”, concluiu o presidente da comissão de arbitragem da CBF.