Em sorteio, o ministro Francisco Falcão foi definido como relator do caso Robinho, acusado de abusar sexualmente de uma mulher de origem albanesa em uma boate na cidade de Milão, na Itália.
Dessa forma, ele vai conduzir o processo até o julgamento e será responsável por analisar o pedido do governo italiano, que quer a execução da pena em solo brasileiro, como também os argumentos da defesa do ex-jogador.
Assim que entender que já tem o suficiente para se tomar uma decisão, Falcão vai avisar a presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura e o assunto entra na Corte Especial, formada por 15 ministros.
Falcão possuí 24 anos de STJ e algumas polêmicas em seu histórico. Ele já foi acusado por uma associação de magistrados de proferir comentários sexistas a uma colega de tribunal.
“Ninguém aguenta mais essa velha”, disse o ministro a um amigo pelo telefone sem perceber que seu microfone estava ligado. A frase foi para a juíza Assusete Magalhães, que lia o seu voto.
O caso Robinho
Neste momento, a defesa do ex-jogador pediu uma tradução completa dos documentos do governo italiano e alega que a única forma de se defender é com o processo completo em mãos. O prazo para o Ministério Público responder esse pedido é de cinco dias. Robinho tem direito à tréplica.
Apesar disso, ainda não há um prazo para o ministro analisar o caso e marcar o julgamento. O andamento também depende da Corte Especial do STJ, que possuí diversas pautas a serem discutidas.