Meias que derrotaram a Argentina de Messi já jogaram em gigante carioca. Entenda!

Já diria o narrador Galvão Bueno: “Ganhar é bom, mas ganhar da Argentina é muito melhor”. Se somente a derrota dos argentinos já é motivo de alegria para os brasileiros, imagina descobrir que dois jogadores da seleção da Arábia Saudita – que derrotou a Argentina por 2 a 1 em uma virada histórica na estreia da Copa do Mundo Catar 2022 – já fizeram um intercâmbio nas categorias de base do Fluminense, em Xerém.

O volante Al-Faraj, que foi titular e capitão contra a Argentina, e o meia Al-Abid, que entrou no segundo tempo, fizeram parte de um intercâmbio de 15 jogadores que passaram um mês no Centro de Treinamentos das categorias de base do Tricolor Carioca entre junho e julho de 2009.

O grupo fazia parte das categorias de base do Al Hilal, maior clube da Arábia Saudita

Na época, em carta em inglês para o diretor do Al Hilal Sub-20, o Fluminense parabenizou os garotos árabes pela participação no intercâmbio:

“Primeiramente queremos parabenizá-los pelo excelente time. Fizemos um grande trabalho aqui neste mês porque os jogadores já tinham um bom nível, então pudemos submetê-los a exercícios de qualidade e jogos difíceis. (…) Nós recomendamos que o grupo trabalhe duro porque tem um bom futuro no esporte”

Quem assinou a carta à época foi o coordenador de Programa de Intercâmbio do Fluminense, André Medeiros, que trabalha até hoje no clube carioca. Ele relembrou a experiência com os árabes:

“O programa de intercâmbio nas categorias de base é desenvolvido desde 2001 pelo Fluminense, sendo, em determinados períodos, ainda mais intensificado. Em 2009, recebemos em Xerém um grupo de jogadores da base do Al-Hilal, da Árabia Saudita, o que ratifica a importância da capacidade de transformação que buscamos proporcionar ao atleta. Na ocasião, a diretoria da base do clube era a mesma de hoje, com Rui Reisinger e Orlando Souza. Antônio Garcia também já trabalhava conosco. Realizamos um bom trabalho, incluindo amistosos, treinos… Tudo o que precisávamos para preparar os jogadores. É motivo de orgulho saber que seis se tornaram profissionais, seja do próprio Al-Hilal ou de outras equipes, como o Al-Faraj, que vai para a terceira Copa do Mundo, a segunda como capitão”.