No último domingo (1), logo no início de outubro, uma triste notícia chega ao esporte nacional, com o falecimento do ex-piloto brasileiro Bird Clemente, de 85 anos. O atleta ficou marcado por ser um dos nomes mais experientes da pista de Interlagos, em São Paulo, mas se despediu dos fãs, após uma infecção. A própria Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) confirmou a morte.
Clemente é lembrado por diversos fãs, por ser considerado o primeiro piloto profissional do automobilismo brasileiro, atraindo ainda mais força ao esporte no país. O atleta nasceu no dia 23 de dezembro de 1937, recebendo o nome Bird, como uma homenagem ao almirante norte-americano Richard Byrd, que foi pioneiro nas explorações polares.
Bird iniciou sua carreira no automobilismo em 1957, quando completava 21 anos, participando da disputa das 1000 Milhas Brasileiras. Na época, o início não foi extremamente satisfatório, já que o carro quebrou no começo da prova. No entanto, ao longo de sua passagem no esporte, o atleta conseguiu atuar em diversos carros da Vemag e da Simca.
Piloto é lembrado por sua grande experiência no esporte
Por incrível que pareça, na mudança para a Willys, se tornou o primeiro piloto do Brasil a receber salários, pela atuação, ainda em 1963;. Assim, garantiria seu nome com os Willys Interlagos, que eram relacionados com os compactos europeus. Não demorou para que Bird se tornasse referência, passando a atuar como “professor” de três nomes que chegariam à F1.
Entre os nomes que puderam receber se beneficiar com a experiência de Bird, estão: José Carlos Pace e os irmãos Emerson e Wilsinho Fittipaldi. Durante sua passagem no esporte, o profissional garantiu inúmeras vitórias marcantes, como nas 24 Horas de Interlagos, em 1970, e nas 1000 Milhas Brasileiras, no ano seguinte. O piloto deixou a viúva Maria Luiza e quatro filhos.