Novos desdobramentos da Operação Penalidade Máxima II, conduzida pelo Ministério Público de Goiás nas investigações de manipulação em jogos do futebol brasileiro, aponta que o atacante Nathan Palafoz, ex-Corinthians, teve participação em esquema com apostadores e recebeu R$ 15 mil para levar cartão amarelo no duelo Avaí x Athletico-PR, pelo Brasileirão 2022.
Nathan, que atualmente está no futebol da Lituânia, no Campeonato Brasileiro do ano passado defendia o Avaí, emprestado pelo Corinthians. O nome do jogador aparece em conversas por WhatsApp obtidas pelo MP-GO, as quais indicam que ele teria recebido R$ 15 mil para levar um cartão amarelo no empate em 1 a 1 entre Avaí e Athletico-PR. A partida ocorreu na 26ª rodada do Brasileirão, no dia 11 de setembro de 2022.
A denúncia se baseia em um comprovante bancário que aponta um pagamento de R$ 15 mil, feito no nome de Camila Silva da Motta para Nathan Palafoz, no dia 9 de setembro. Contudo, o atleta que foi a campo aos 28 minutos da segunda etapa, não foi punido pelo árbitro Paulo Cesar Zanovelli. Desta forma, o ex-jogador do Timão devolveu o dinheiro para o suposto aliciador, como mostram as conversas de WhatsApp.
Nas conversas, um dos apostadores chama Nathan de “filhão do técnico”, em referência à relação do jogador com o treinador Eduardo Barroca. E, desta forma, na visão dos aliciadores, as chances do atleta entrar no decorrer da partida eram maiores.
Durante a disputa do Brasileirão, de 2022, Nathan disputou 7 jogos pelo Avaí. Já no início deste ano, atuou em 8 oportunidades no Campeonato Carioca, defendendo o Nova Iguaçu, cedido pelo Corinthians. Mas logo depois, encerrou seu vínculo com o Timão para jogar pelo FK Riteriai, da Lituânia.
Jogadores suspeitos:
Vale lembrar que a operação não divulga os nomes dos jogadores que estão sendo investigados, mas, segundo o “GE”, os zagueiros Victor Ramos, da Chapecoense, Kevin Lomónaco, do Bragantino, Paulo Miranda, ex-Juventude, e Eduardo Bauermann, do Santos, os laterais-esquerdos Igor Cariús, do Sport, e Moraes, ex-Juventude e hoje no Atlético-GO, e o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente no Ypiranga-RS, foram alvos na fase anterior da operação.
Enquanto no estágio atual da Operação Penalidade Máxima II, foram adicionados novos nomes de suspeitos: os volantes Fernando Neto, ex-Operário-PR e hoje no São Bernardo, e Nikolas, do Novo Hamburgo-RS, e do atacante Jarro Pedroso, do Inter-SM.