Com grandes investimentos, a Liga Árabe deve ser uma das mais fortes do continente asiático e talvez até do mundo nesta temporada 2023/24. Apesar disso, existe uma coisa que os enormes caminhões de dinheiros despejados por grandes jogadores não podem fazer: dar visibilidade no mundo inteiro..
Em sua coluna no “UOL Esporte” desta terça-feira (15), Paulo Vinícius Coelho afirmou que uma das dificuldades da Premier League Saudita será ter um campeonato competitivo. Apesar dos grandes craques, haverá também atletas com nível muito abaixo do que estão chegando agora.
“Uma parte do desafio é ter craques no ápice. Não é o caso de Cristiano Ronaldo, que já viveu seu melhor. Não é o caso de Benzema, que já foi mais goleador. Não é o caso de Neymar, ou haveria mais clubes da Europa entendendo que seu custo-benefício vale a pena. Haverá bons jogadores, como Kessie, Firmino, Ibañez, Edouard Mendy, Mahrez, Sadio Mané. Mas haverá uma classe baixa muito abaixo dos craques e também dos bons jogadores“, destaca.
PVC também afirma que construir uma identidade para Al Nassr, o Al Ittihad, o Al Hilal e Al Ahli, as quatro principais equipes do país e que foram compradas pelo governo não é tão simples o quanto parece, e que o dinheiro não é tudo nessa questão.
“Construir um campeonato assim e ensinar o que representam o Al Nassr, o Al Ittihad, o Al Hilal e o Al Ahli não é uma missão simples. Não se trata só de contratar torcedores e colocar numa tribuna. Trata-se de seduzir torcedores em todo o planeta. Não é impossível. Nem é simples“, afirma.
Portanto, ainda falta (e muito) para a Liga Árabe moldar essa cultura nos torcedores ao redor do mundo. E para chegar ao status de um campeonato de topo será preciso algo além do dinheiro.