O ex-jogador do Flamengo, Léo Moura, relembrou na última quarta-feira (25) sobre a prisão do goleiro Bruno, seu companheiro de equipe na época. Em participação no Podcast “PodPah”, o antigo lateral Rubro-Negro revelou a reação do elenco ao saber do caso.
“A gente ia viajar para Itu, para fazer a pré-temporada. Aí dentro do ônibus uma pessoa da diretoria do clube chegou e falou que estava tudo certo para a viagem mas que o Bruno não ia viajar porque ele precisaria ficar para resolver uns problemas. Na hora do jantar começou a pipocar a notícia na televisão“, disse.
Bruno foi acusado de ter participação no assassinato de Eliza Samudio, sua ex-mulher, o que se confirmou após investigações da polícia. As autoridades concluíram que o ex-goleiro não só participou como planejou sequestrar e matar Eliza.
Léo Moura admitiu que o elenco entrou em choque ao saber da prisão. Na ocasião, Bruno era visto como um dos mais promissores do time Carioca e era especulado em grandes clubes da Europa, como o Milan.
“Foi muito ruim [para o grupo]. Foi um choque para a gente. O cara estava ali no dia a dia com a gente. Ele tinha um potencial absurdo, era cotado para ir para o Milan e para a seleção brasileira. A gente olhava um para o outro e não acreditava. Até o pessoal digerir… Ele era um companheiro nosso“, destacou.
Por fim, o antigo lateral concluiu relembrando que ele, outros jogadores e os dirigentes do Flamengo foram intimados a prestar depoimento sobre o caso.
“Chegou uma intimação para gente depor, eu, que era o capitão, a Patrícia Amorim, que era presidente, o Zico, diretor na época, e o Paulo Victor, dono da casa. Os advogados dele solicitaram isso para a gente relatar o dia a dia dele nos treinos na Gávea. Quando eu vi ele sentado de cabeça baixa, parecia que tinha dez caminhões de cimento nas minhas costas“, revela.
Em 2013, a Justiça condenou Bruno a 22 e três meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver da modelo, assassinada em 2010.