O recente incidente envolvendo o presidente do Corinthians, Augusto Melo, e o torcedor do Cruzeiro, João Daniel Milhomes, gerou bastante repercussão no meio esportivo. O caso aconteceu na saída de um camarote do Mineirão, após o jogo entre Cruzeiro e Corinthians no dia 7 de julho de 2024, que terminou com a vitória da Raposa por 3 a 0.
Segundo o laudo pericial produzido pelo Instituto Médico Legal (IML), foi confirmado que houve “ofensa à integridade corporal” de João Daniel Milhomes. O documento, detalhado em sua descrição, menciona “presença de equimose numular arroxeada postada na região orbitária esquerda nas adjacências da região malar ipsilateral”.
Augusto Melo pode ser denunciado pelo Ministério Público
O Ministério Público de Minas Gerais está analisando a possibilidade de denunciar Augusto Melo. Três semanas após o incidente, o dirigente foi convocado para prestar depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais na Arena MRV, durante o confronto entre Atlético-MG e Corinthians.
No entanto, Melo preferiu manter-se em silêncio durante o depoimento e rejeitou um acordo proposto pelo Ministério Público. A oferta incluía o afastamento dos estádios durante três meses e o pagamento de três salários mínimos. Este posicionamento gera novas incertezas sobre o desdobramento do caso.
O que dizem as imagens da agressão?
Imagens capturadas no dia do incidente mostram a interação conflituosa entre Augusto Melo e o torcedor do Cruzeiro. Segundo relatos, o tumulto começou quando João Daniel Milhomes estava levando seu filho aos bares próximos aos camarotes. O presidente do Corinthians, acompanhado por diversos seguranças, estaria passando pelo local no exato momento.
Milhomes relata que a presença intimidadora dos seguranças e as provocações da torcida do Cruzeiro, que estava na brincadeira comum de zoar o adversário, aumentaram a tensão no ambiente. Foi neste momento que ele fez um comentário dizendo que Melo seria o presidente que rebaixaria o Corinthians, o que teria causado a reação agressiva do dirigente.
Como o presidente do Corinthians reagiu?
Questionado sobre o ocorrido, o presidente do Corinthians preferiu não comentar o caso. Em suas poucas declarações, Melo mencionou apenas que não havia recebido nenhuma notificação oficial sobre o tema, criando uma postura mais defensiva.
A proposta negada pelo presidente pode ter impactos significativos. O afastamento do dirigente por três meses dos estádios, além do pagamento financeiro, sugeria uma tentativa de resolução rápida do conflito por parte do Ministério Público, mas a recusa indica que ele está disposto a levar o caso adiante judicialmente.
Quais são as próximas etapas do processo?
Agora, caberá ao Ministério Público de Minas Gerais decidir sobre uma denúncia formal contra Augusto Melo. Caso ocorra, o presidente do Corinthians pode enfrentar uma investigação mais aprofundada, que poderá resultar em possíveis sanções mais severas, dependendo das conclusões alcançadas pela Justiça.
Este incidente traz à tona a necessidade de discussões mais amplas sobre a segurança e o comportamento das lideranças esportivas em ambientes de jogo, especialmente em momentos de alta tensão entre torcidas adversárias. Enquanto isso, a torcida fica na expectativa para saber qual será o desfecho desse caso que envolve duas das maiores paixões do povo brasileiro: o futebol e a justiça.