Justiça bate o martelo e toma decisão sobre testamento deixado por Pelé

A Justiça de São Paulo deliberou pela observância e cumprimento do testamento deixado por Pelé. A decisão, divulgada pela juíza Andrea Roman, da 2ª Vara de Família e Sucessões, destacou que o testamento representou a última vontade do Rei do Futebol, considerando procedente a solicitação.

A ex-esposa de Pelé, Márcia Aoki Nascimento, foi quem abriu a ação, buscando a determinação do registro e execução do testamento público. A magistrada enfatizou que o testamento foi formalizado em notas de tabelião com fé pública, em total conformidade com as exigências do código civil.

José Fornos Rodrigues, conhecido como Pepito e fiel companheiro de Pelé ao longo da vida, foi designado como testamenteiro, indicado por Márcia e aceito pelo tribunal. Ele negociou um prêmio equivalente a 5% do patrimônio da ex-mulher.

Márcia, como herdeira testamentária, terá direito a 30% da totalidade dos bens de Pelé, incluindo uma propriedade no Guarujá. Os descendentes do Rei receberão a porção restante, entre eles, os filhos de Sandra Nascimento, que não haviam sido reconhecidos por Pelé.

Além dos já reconhecidos, Pelé deixou outros seis filhos: Kelly, Jennifer, Edson Cholbi, Joshua, Celeste e Flavia. O testamento também contempla a possibilidade de mais uma filha, em um processo judicial em andamento na Justiça de São Paulo.

Edinho, um dos filhos de Pelé, abordou a questão da herança durante o Prêmio Brasil Olímpico na semana passada, afirmando que o mais importante é a união da família, sem contestações significativas sobre o processo. Ele mencionou que é uma burocracia inevitável que precisa ser enfrentada. O processo de inventário de Pelé está em andamento em segredo de Justiça.