Justiça bate o martelo e jornalista é obrigado a entregar ventilador para Leila Pereira

Condenado em processo movido por Leila Pereira, o jornalista Paulo Cezar de Andrade Prado viu seus bens domésticos, como um ventilador e uma adega, serem movidos, na última quarta-feira (24), da sua casa. Os objetos foram transferidos para a empresária, que é a presidente do Palmeiras. A informação foi publicada pelo próprio Prado, na Coluna do Paulinho.

Os bens em questão foram usados para abater dívida do jornalista referente à indenização que a Justiça determinou que ele pague à presidente do Verdão.

O caso que gerou o processo aconteceu em 2017, e na ocasião, Paulo Cezar de Andrade Prado recebeu a condenação para pagar a dona da Crefisa R$ 15 mil em indenização.

E todo o processo foi originado por conta do conteúdo de um post de Paulinho, em seu blog. Quando se referiu à Rua Augusta, endereço da Faculdade das Américas, uma das empresas de Leila Pereira, o jornalista fez o seguinte comentário: “Região, aliás, em que a empresária, a duras penas, teria ganhado seus primeiros trocados”. E a frase foi considerada pela empresária que associava seu nome à profissionais do sexo, que, por décadas estabeleceram um ponto tradicional de trabalho no local.

Vale lembrar que, no primeiro momento, Paulinho não contratou um advogado para sua defesa, com a alegação de estar sem dinheiro. E isso teve um peso considerável para sua condenação.

Veja o que disse a defesa de Paulinho sobre o processo de Leila Pereira

Atual advogado de Paulinho, Diogo Flora falou o que pensa sobre o caso em nota, criticando a postura da presidente do Palmeiras.

“O jornalista Paulo Cezar Prado foi mais uma vez vítima do abuso de um direito. Perseguido pelas pessoas poderosas que denuncia, tem que lidar com dezenas de ações judiciais, muitas das quais não tinha recursos para contratar advogado e acabou sendo condenado à revelia. Recentemente, teve penhorados bens de sua casa para pagar uma condenação injusta a uma das maiores empresárias brasileiras. Nós conseguimos evitar que bens básicos, como geladeira, e instrumentos de trabalho, como monitores e impressora, fossem penhorados. Mas, alguns bens foram perdidos, como um ventilador doméstico. Espero que ele ajude a refrescar a consciência da nova dona. E que o episódio nos faça enfrentar o o grande problema da liberdade de imprensa no Brasil, que é a insegurança jurídica de jornalista e comunicadores independentes.”

O “mandado de remoção de bens expropriados”, do último dia 8, relata que o ventilador da marca Mondial Maxi Power 40, com seis pás, teve valor avaliado em R$ 150. Enquanto a adega Cadense foi estimada em R$ 900.