Amistosos da seleção brasileira são sempre polêmicos. Há quem acuse a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de só querer lucrar com as partidas, ignorando a importância técnica das partidas para a formação do elenco do Brasil. No amistoso mais recente, contra Marrocos, uma crítica a mais: ainda sem a definição do substituto do técnico Tite, a seleção brasileira foi convocada e treinada por Ramon Menezes, treinador interino.
O jornalista Julio Gomes, do portal Uol, disse o seguinte sobre o amistoso da seleção brasileira: “sempre houve e haverá amistosos em um ciclo de Copa do Mundo. Não são jogos que significam muita coisa, mas eles sempre têm uma razão de ser. Seja para o técnico observar jogadores, testar sistemas táticos, alternativas, o que for. Desta vez, temos um caso de um jogo que não serviu para absolutamente nada”.
E o jornalista explica: “quer dizer, quase nada. Ao escalar Andrey como titular, Ramon fez o serviço para o jogador e para o Chelsea, que tem fortalecido o processo burocrático em busca do visto de trabalho do jogador. Estavam lá João Gomes e André, convocados, jogadores com mais consistência na carreira recente do que Andrey. Jogadores mais certos para o novo ciclo da Copa do Mundo, não tiveram um minuto sequer em campo. Mas Ramon quis ajudar o Chelsea, não a própria causa. No meu ponto de vista, perdeu, além de uma chance, credibilidade. Seleção brasileira não serve para ajudar clube inglês”.
Para Julio Gomes, colunista de Uol, “se fosse para ajudar alguém, que ajudasse o Vasco não convocando Andrey e contribuindo para que o empréstimo fosse mais duradouro. Mas o ideal mesmo seria que jogadores fossem convocados pela qualidade, condição no momento, perspectivas. Enfim, que politicagens, ajudas e influências de empresários ficassem fora da conta”.
Escolha do adversário da seleção brasileira não foi acertada
E era um jogo complicado, contra uma seleção motivada, em casa, com uma ótima Copa no retrospecto e para quem o amistoso era mais do que um jogo. “A escolha da partida não foi muito boa para uma seleção sem técnico”, opinou Julio Gomes, que completou:
“Se perde, só serve para gerar certo desespero em busca de um nome. Se ganha, não significaria nada para a seleção e para o ciclo, porque, afinal, o Brasil chegará a 2026 com outro cara no comando”.