John Textor, detentor majoritário da SAF Botafogo, está explorando a possibilidade de alienar sua participação no Crystal Palace, clube inglês. Segundo informações do jornal “Independent”, a Eagle Football Holdings, empresa de Textor, está conduzindo discussões internas há algumas semanas e pondera vender os 45% de sua participação no clube.
Embora as conversas estejam em uma “fase inicial”, ainda não há negociações em curso com potenciais compradores. Contudo, surge a pergunta: por que o empresário estaria disposto a se desfazer de sua fatia no clube menos de três anos após a aquisição?
O motivo principal parece ser a falta de autonomia e protagonismo nas decisões cotidianas do Crystal Palace. Apesar de possuir a maior parcela acionária (confira o quadro abaixo), John Textor não detém a decisão final no clube inglês, ao contrário do que ocorre no Botafogo ou no Lyon, por exemplo.
No caso do Palace, as decisões são tomadas por meio de votações entre os sócios, sendo Steve Parish o mais influente, detendo apenas 10% das ações, mas exercendo a presidência do clube desde 2010. Parish tem o poder de vetar medidas, evidenciando seu impacto nas deliberações.
John Textor expressa seu apreço pelo Crystal Palace, mas destaca que tem uma conexão mais profunda e emocional quando é responsável pelos resultados, como ocorre em seu papel na construção do elenco no Brasil. Ele enfatiza que ser um investidor passivo por um longo período não está alinhado com sua estratégia. Portanto, a decisão será orientada pelo convite para assumir uma liderança mais expressiva ao longo do tempo ou redirecionar seu capital para outros empreendimentos.