Jogadores de equipes das séries A, B, C e D, junto de sindicatos de atletas, articulam uma greve para paralisar o futebol brasileiro. O protesto é contra a Lei Geral do Esporte, aprovada no Senado Federal na última terça-feira (9).
A principal dor dos atletas é na cláusula que diz respeito à estabilidade dos atletas. Os nomes dos organizadores são mantidos em sigilo, a fim de evitar retaliações dos clubes.
Greve no Brasileirão?
Os integrantes da organização entendem que a nova lei cancela o escrito na Cláusula Compensatória Desportiva. A cláusula garante que o clube deve cumprir o estabelecido em contrato com os jogadores.
O cancelamento dela poderia acarretar perda de estabilidade para os atletas, como em casos de acidente de trabalho. Entretanto, o texto determina um limite mínimo da cláusula compensatória.
Em caso de inadimplência salarial e rescisão indireta ou dispensa imotivada, o clube deve pagar a quantia a que o jogador tem direito, independentemente da duração do contrato esportivo.
A nova lei diz que o pagamento deve ser feito de forma parcelada e que, caso o atleta seja contratado por outro clube, a antiga equipe fica isenta dos pagamentos quando o salário foi igual ou superior. Do contrário, o clube deve pagar a diferença.
O grupo que arquiteta a greve tem a intenção de paralisar todos os campeonatos nacionais para que o movimento consiga máxima adesão. Os jogadores acreditam que o apelo nacional faça o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetar o projeto de lei.
Porém, chefes de sindicatos e alguns jogadores temem que a manifestação tenha pouca adesão e não tenha o efeito esperado para barrar a nova lei.