Jogador se aposenta após ficar cego em briga de bar

O atacante Chiquinho, jogador do Atlético Itapemirim, do Espírito Santo, anunciou sua aposentadoria dos gramados após ficar cego em briga de bar.

Com apenas 27 anos, o atleta precisou deixar o futebol de lado após o ocorrido no dia 24 de agosto deste ano. Após passar por cirurgia, Chiquinho ouviu dos médicos que não poderia mais voltar a jogar.

Não vou mais ter a sensação de vestir a camisa de um grande clube, de fazer gols, de dar assistência para meus companheiros e nem de ouvir a torcida gritar meu nome. Nunca mais vou sentir isso. O sonho de jogar futebol acabou“, disse o jogador ao site “Futebol Interior”.

Meu olho direito apagou e a medicina não tem um prognóstico para reverter essa situação. A situação do olho esquerdo também é muito grave. Fui ao médico há duas semanas e ele disse que preciso tomar todo cuidado do mundo para não furar minha retina. O grau está horrível. Não dá para enxergar praticamente nada. Minha luta agora é voltar a enxergar. Caso não melhore, talvez eu tenha que fazer transplante de córnea“, revelou.

O atacante também detalhou sobre a briga, que foi com o companheiro de time, o goleiro Bambu, a quem devia dinheiro. Segundo ele, o ocorrido começou após jogar cerveja em direção ao companheiro de time, mas sem acertá-lo.

O Bambu então se levantou e veio em minha direção. Bismarque entrou na frente e quando fui olhar onde o Bambu estava, ele bateu com o copo de vidro na minha cara. No momento achei que tinha sido atingido por um taco de sinuca e que tinha aberto minha testa, pois jorrou muito sangue. Então ouvi: ‘o que eu fiz com Chiquinho’. Na mesma hora minha vista direita apagou. Fui socorrido e falaram que tinha caco de vidro no meu olho. Fiquei desesperado e comecei a gritar. A partir daí tudo mudou e não tive mais contato com o Bambu. Ele nunca mais me procurou, nem para se desculpar. Nunca imaginei que ele pudesse fazer isso comigo. Não sei o que passou na cabeça dele“, relembra.

O jogador levantou uma vaquinha online para ajudar a custear o tratamento. Além de dinheiro, Chiquinho e sua família também receberam cestas-básicas.