Em poucas edições da Copa do Mundo, a confiança pela vitória era tão grande quanto em 1982. O time comandado por Telê Santana e que tinha jogadores como Zico, Falcão, Sócrates e Júnior era um dos favoritos para conquistar o tetracampeonato mundial.
O Brasil caiu no grupo F com União Soviética, Escócia e Nova Zelândia. O primeiro jogo foi abaixo das expectativas, mas a seleção venceu a União Soviética por 2 a 1. Nas outras duas partidas, o time de Telê mostrou o futebol que dava confiança aos brasileiros ao vencer a Escócia por 4 a 1 e a Nova Zelândia por 4 a 0.
Na segunda fase, o Brasil ficou no grupo da Argentina e Itália. O primeiro jogo foi contra a rival sul-americana e atual campeão do mundo – o que não intimidou a seleção canarinho, que venceu por 3 a 1.
A tragédia do sarriá
Com quatro vitórias em quatro partidas, o clima era de confiança total. O jogo para decidir os semifinalistas era contra a Itália e o Brasil precisava apenas do empate. No entanto, o torcedor não esperava que assistiria a uma das maiores tragédias do futebol brasileiro.
Na partida, Paolo Rossi abriu o placar para a Itália. Sócrates empatou para o Brasil. Não demorou para Rossi colocar os italianos de volta na frente. A partida ganhava contornos de tensão, até Falcão marcar um golaço da meia-lua. No entanto, apenas seis minutos depois, aos 29 minutos, Rossi marcava seu hat-trick. A Itália ganhou por 3 a 2, eliminou o Brasil e viria a ser campeã do mundo.
Assim como o “Maracanazo” na final da Copa do Mundo 1950, a partida entre Brasil e Itália deixou as ruas mais tristes, os bares mais depressivos, a sequência da rotina mais angustiante. A amarelinha viria a conquistar o tetra e o penta, mas a ausência de conquista da mágica seleção de 1982 continuará.