O lateral Marcinho, do América-MG, foi condenado a três anos e seis meses de prisão em regime aberto por ter matado um casal atropelado em acidente automobilístico. O fato trágico ocorreu em 2020, quando o jogador defendia o Botafogo, e ele respondeu por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
A decisão que teve sua publicação nesta terça-feira (18) foi assinada pelo juiz Rudi Baldi Loeewenkron, da 34ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Além da determinação da condenação de Marcinho, a Justiça estabeleceu também que o jogador terá sua carteira de habilitação suspensa pelo mesmo período em que cumprirá a prisão em regime aberto.
Com a decisão, o lateral do América-MG recebeu a chamada “pena alternativa” por conta de sua condenação ser inferior a quatro anos de prisão, como prevê o artigo 44 do Código Penal.
O juiz, no entanto, definiu que Marcinho irá prestar serviços comunitários a entidades que ainda serão especificadas pela Vara de Execuções Penais, ao invés de privar sua liberdade.
O que diz o processo?
O Ministério Público afirmou que Marcinho conduzia seu Mini Cooper em alta velocidade, atingindo o casal de professores Alexandre Lima e Maria Cristina Soares, e não prestou socorro às vítimas.
O fato de Marcinho não prestar ajuda causou a morte das vítimas, segundo os laudos apresentados pelo MP no processo. Além disso, o jogador havia consumido bebida alcoólica horas antes do acidente.
A investigação aponta que Marcinho estava com velocidade entre 86 km/h e 110 km/h quando provocou o acidente fatal, e a velocidade permitida da via era de 70 km/h. Alexandre veio a falecer no local, enquanto Márcia morreu 7 dias depois.
O MP aponta que o jogador fugiu do local do acidente em alta velocidade e escondeu o carro em uma rua sem número, na zona oeste do Rio.