Jogador brasileiro sofreu racismo, falou para o juiz e acabou expulso de campo na Europa

Mais um caso de racismo contra jogadores brasileiros aconteceu na Europa. Dessa vez, a vítima foi o zagueiro Luis Gabriel, que atua pelo Oratory Youths, da primeira divisão de Gozo, uma ilha que pertence a Malta.

Ele acusou um jogador adversário por tê-lo chamado de “macaco”, relatou ao árbitro da partida e pouco tempo depois foi expulso de campo.

Racismo na Europa

Durante partida contra o Għajnsielem, Luis disse que um adversário o chamou de “macaco” em vários momentos do duelo. “Foi recorrente na partida. Numa jogada de ataque do nosso time, fui driblar o adversário e sofri uma falta. Eu fiquei no chão e vieram dois jogadores do time deles, e um já me chamou de macaco no ouvido, em português mesmo, não foi nem em inglês ou maltês, ele já sabia o que falar”, detalhou.

O jogador relatou ao árbitro da partida o acontecimento, o que gerou confusão em campo e ele foi punido com cartão amarelo.

“O árbitro nem quis saber, eu sinalizei, mostrei pra ele, passei a mão no meu braço, contei da palavra que me falaram, mas nada foi feito e eu acabei tomando o cartão”, contou

Pouco tempo depois, Luis cometeu uma falta e foi expulso do jogo. “Aconteceu o racismo, passaram três minutos, eu reclamei de novo, logo em seguida eles atacaram, eu fiz uma falta e ele (árbitro) me expulsou”, completou.

O caso teve uma repercussão negativa na Federação de Futebol de Malta. O Oratory postou uma nota de repúdio em suas redes sociais e demonstrou total apoio ao brasileiro para enfrentar a situação.

Por fim, Luis contou que a federação entrou em contato para marcar uma conversa sobre o assunto, mas nenhum encontro foi realizado até o momento. A Federação ainda não se posicionou sobre o incidente.

“A Federação de Malta me mandou uma mensagem, dizendo que queriam falar comigo, mas ainda não conversamos. O clube me deu todo o suporte, emitiram nota. Começaram uma campanha essa semana já e vão continuar. A federação não está a favor, disseram que vão falar comigo e tomar as providências necessárias”, concluiu.