Aos apaixonados por futebol, uma notícia inesperada que envolveu um dos maiores clubes do mundo, Paris Saint-Germain (PSG), traz preocupações nos últimos dias. Aconteceu na tarde do dia 26 de setembro no estádio Parc des Princes, em Paris, durante a partida contra o Olympique de Marselha, conhecida como “Le Classique”.
Enquanto a vitória do PSG sobre o Marselha pôde ter sido um triunfo glorioso, já que a equipe venceu por 4-0, esse sucesso foi embaçado por insultos homofóbicos que surgiram em todo o estádio. O episódio começou após o terceiro Gol da equipe parisiense no início do segundo tempo, feito por Sergio Ramos. Com o gol, qualquer chance de recuperação do Marselha foi enterrada, gerando euforia nas torcidas organizadas.
Foi quando começou a do Parc des Princes, a “cantilena” anti-Marselha com ofensas pesadas aos rivais, em particular, com forte conotação homofóbica. As ofensas foram ecoadas do resto do estádio, de uma curva à outra, bem como das arquibancadas centrais.
No final da partida, a polêmica continuou. Os jogadores do PSG saíram para comemorar a vitória sob a curva do estádio, onde ocorrem as maiores celebrações. Durante a comemoração, Layvin Kurzawa, Randal Kolo-Muani e Achraf Hakimi foram filmados enquanto gritavam insultos contra os “marselheses”.
Qual foi a reação diante desses incidentes?
A ministra do esporte, Amelie Oudea-Castera, pediu firmeza por parte das instituições de futebol e solicitou ao PSG que denunciasse o incidente e identificasse os responsáveis para levá-los à justiça. Enquanto isso, o clube de Paris, que pertence ao emir do Catar, rechaçou qualquer forma de discriminação. A entidade responsável pelo campeonato local, Ligue 1, pode abrir uma investigação e focar nos insultos dos três jogadores citados, que correm o risco de serem suspensos e multados.
Essa não é a primeira vez que tais incidentes ocorrem no futebol francês. Em 2019, a então ministra dos Esportes, Roxana Maracineau, defendeu a suspensão das partidas em caso de insultos homofóbicos das torcidas. Mas a proposta foi rejeitada pelo então presidente da Federação Francesa de Futebol, Noel Le Graet, resultando em um debate inacabado até os dias atuais.