Inter deve ir pra briga com Milan e Juventus pela contratação de meia

No meio dessa nova agitação em torno de Davide Frattesi, a Inter não podia viver de lembranças e ficar parada. Houve um tempo em que, entre os meio-campistas disponíveis, o clube tinha olhos apenas para a jovem estrela do Sassuolo, e um ano depois, voltou a considerar seriamente esse romano de 23 anos.

Não são apenas movimentos de perturbação, é um desejo real. Logo após a Champions, a Inter gostaria de se posicionar à frente, o que não é fácil dada a quantidade de interessados na Itália e no exterior. Não faz parte da política (e possibilidades) do clube participar de leilões, mas a diretoria já decidiu: Frattesi é o que é necessário para crescer em um setor já de elite, especialmente se uma solução de saída para Marcelo Brozovic for realmente encontrada, sendo ele o único sacrificável no meio.

Durante a apresentação da autobiografia de Adriano Galliani (“Memórias de Adriano G.”, escrita com Luigi Garlando e editada pela Piemme), o diretor esportivo do Sassuolo, Giovanni Carnevali, e o diretor esportivo da Inter, Piero Ausilio, se cumprimentaram com um caloroso abraço.

Na terça-feira, durante a apresentação da autobiografia de Adriano Galliani escrita com Luigi Garlando no Teatro Manzoni, em Milão, o diretor esportivo da Inter, Piero Ausilio, encontrou o diretor administrativo do Sassuolo, Giovanni Carnevali, e a saudação afetuosa gerou um alvoroço nas redes sociais: “É um abraço para Frattesi? Bem, seria um abraço um pouco caro…”, disse o interista. Ele não está totalmente errado, para os emilianos, o preço inicial seria de 40 milhões.

Essa mesma quantia foi pedida a outros clubes que se aproximaram do meio-campista, começando pela Juventus: os bianconeri estão encantados por Davide e estariam dispostos a incluir jovens jogadores na negociação, mas podem rever seus planos de gastos após a tempestade que os atingiu. Até mesmo o Milan bateu à porta em busca de uma alternativa a Loftus-Cheek, sem mencionar a Roma, clube onde Frattesi se desenvolveu e que possui uma carta na manga: 30% do valor de uma futura revenda. Com a inclusão do rico Brighton de De Zerbi nesse cenário, há um sério risco de aglomeração, mas o interesse renovado da Inter desestabiliza o quadro.

A partir das primeiras conversas com o Sassuolo e o agente de Frattesi, Beppe Riso, surgiu uma certa atração do jogador pela Inter: ele já se via vestindo as cores nerazzurri na temporada passada.

Além dos abraços para as câmeras, Ausilio e o CEO Marotta já reestabeleceram os laços com Carnevali há algum tempo. Eles se encontrarão novamente após a final em Istambul, principalmente porque os nerazzurri fizeram uma avaliação abrangente do talento italiano: além de sua nacionalidade, um valor na construção do futuro da Inter, veem margem para crescimento e total compatibilidade com o restante da equipe.

Mais especificamente, imagina-se um caminho semelhante ao de Barella para ele: Frattesi se juntaria ao grupo de meio-campistas ao lado do insubstituível Nicolò e de Mkhitaryan, que teve uma atuação surpreendente este ano, mas já tem 34 anos.

A herança armênia estaria em boas mãos com ele, enquanto Calha está destinado a se especializar como regista. No entanto, tudo precisa se encaixar necessariamente com a possível saída de Brozovic: o fato de o croata ter voltado ao seu melhor nível não o tirou do mercado. Se houver uma oferta adequada, ninguém se oporia à sua partida, também porque o futuro no meio de campo estaria garantido com a chegada de Frattesi do Sassuolo.

Até o momento, apenas interesses tímidos foram registrados, um do PSG e outro do emergente Newcastle: é muito pouco, mas a situação de Brozovic pode evoluir após a Champions. E se 40 milhões estão fora do alcance da Inter no momento, o Sassuolo pode ser persuadido com algumas contrapartidas vindas da próspera cantera interista: por exemplo, Giovanni Fabbian, depois de impressionar na Reggina, retornaria à sua casa em Milão, mas agrada tanto a Dionisi quanto a Carnevali.