O título da Libertadores do Internacional em 2006 foi um dos grandes da história do clube e muito por conta da saída de Ricardo Oliveira do São Paulo, dias antes do segundo jogo da final entre as duas equipes. Na época, emprestado pelo Bétis, o atacante tinha contrato até o dia 10 de agosto, um dia após a final.
No entanto, por conta da Copa do Mundo naquele ano, a Conmebol decidiu adiar o segundo confronto para o dia 16, data em que Ricardo Oliveira não seria mais do São Paulo. Apesar disso, a diretoria Tricolor tentou driblar a regra pedindo um aumento do empréstimo até a data estipulada com o clube espanhol.
No entanto, o Internacional descobriu sobre a estratégia do São Paulo, que infrigiria a regra da Conmebol de que o jogador deveria ter contrato mínimo de 3 meses. Por isso, o presidente do Internacional da época, Fernando Carvalho agiu nos bastidores para impedir que o acordo fosse feito.
“O São Paulo acertou a renovação e depois rescindiria o contrato. Eu descobri isso e combinei com o advogado do Palmeiras que desse uma entrevista sobre o que significaria isso. Estaria burlando a lei da Fifa. Ou o São Paulo devolvia o jogador, ou o Betis seria punido. Foi feita a entrevista, repercutiu. Eu tirei um xerox e enviei por fax ao presidente do Betis. Mandei anônimo. Com aquilo, ele não assinou. Eu estava focado, cuidando de todos os detalhes” contou Fernando Carvalho ao Globo Esporte.
Diante da repercussão, o Real Bétis ficou sem uma resposta definitiva da Conmebol se haveria alguma punição para o clube ou o jogador e por isso, preferiu seguir o contrato e Ricardo voltou à Espanha, não jogando o segudno jogo. Confira o comunicado do Bétis na época:
“Diante da impossibilidade de obter uma resposta clara e satisfatória da Confederação Sul-Americana de Futebol em relação à cessão do futebolista Ricardo Oliveira e sobre a prorrogação extraordinária do mesmo, nos vemos na obrigação de não atender à ampliação – ainda que sintamos muito – como nos haviam solicitado. A legislação não permite estender o contrato. Ainda que quiséssemos, nada se pode fazer a respeito. Seria uma grande honra para nós receber Oliveira como campeão da Copa Libertadores”