A atuação dos clubes da Arábia Saudita na última janela de transferências abalou o futebol europeu. As equipes sauditas contrataram muitos jogadores que estavam no Velho Continente.
Essas movimentações deixaram vários clubes europeus preocupados com relação ao pagamento dos valores estipulados, temendo não receber todo o dinheiro do acordo.
Europa e Arábia Saudita
De acordo com informações dos jornais ingleses The Guardian e The Telegraph, os clubes europeus estudam acionar a Fifa para criação de garantias para evitar “calotes” nessas negociações. O assunto foi debatido durante a Assembleia Geral da Associação de Clubes da Europa (ECA), em Berlim, na última quarta-feira (6).
Um dos argumentos que foram utilizados é um trecho do regulamento da Uefa, em que um clube “não pode ter nenhuma dívida em atraso” com outro para fazer uma contratação. Porém, essa regra não vale para clubes fora da Europa.
Um dos pontos que mais chamou a atenção das equipes europeias foi a diferença de investimento da Liga Saudita nesta temporada em relação a anos anteriores. Juntos, os clubes árabes gastaram mais de 900 milhões de euros (cerca de R$ 4,8 bilhões) em contratações na janela de transferências — que se encerra nesta quinta-feira (7).
Para efeito de comparação, na janela de 2020, a Liga Saudita desembolsou apenas 63 milhões de euros em reforços. Questionado sobre esse tema, o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, minimizou a atuação dos clubes da elite da Arábia Saudita e exaltou o futebol europeu.
“Não acredito que haja perigo (da concorrência da Saudi Pro League). Nos concentramos na Europa e em nossos clubes. Temos as melhores e mais importantes competições, os melhores jogadores. Não cabe a mim julgar o que acontece fora da Europa. Focamos em nós mesmos”, afirmou.
Entre os dez clubes que mais investiram em contratações para esta temporada, três são da Arábia Saudita: Al-Hilal (2º), Al-Ahli (8º) e Al-Nassr (10º). A Fifa ainda não se pronunciou sobre o assunto.