O Tigrão é um clube brasileiro de futebol que tem sua sede localizada na cidade de Criciúma, no estado de Santa Catarina. A história do Criciúma Esporte Clube começou no dia 13 de maio de 1947, época em que o futebol já tinha se tornado um dos esportes mais populares do país.
O Criciúma conta com capítulos especiais em sua trajetória pelo futebol brasileiro, um exemplo foi a conquista da Copa do Brasil de 1991. O título fez com que o Tricolor Predestinado se tornasse o único time do estado a vencer o campeonato, e ainda de forma invicta!
Além deste, o clube conta com outras conquistas em sua galeria de troféus, como o Campeonato Brasileiro da série B, que foi conquistado em 2002 e o título do Campeonato Brasileiro da série C, conquistado em 2006.
Visando os campeonatos estaduais, o Tigre comemorou a conquista do Campeonato Catarinense em onze oportunidades, sendo o último conquistado na temporada de 2023. O número faz com que o Criciúma fique em quarto na lista dos maiores campeões do estado de Santa Catarina.
Sem mais delongas, conheça agora a história do Criciúma, um dos maiores clubes do estado de Santa Catarina.
Sumário
O começo da história do Criciúma
Os primeiros passos da história do Criciúma foram dados em outro nome. Antes do Tricolor Predestinado receber o nome de sua cidade natal, o clube foi chamado de Comerciário Esporte Clube.
Sua fundação aconteceu na Praça Nereu Ramos, onde um grupo de garotos, a maioria com 18 anos, decidiu fundar um grupo para a cidade. A notícia da fundação do clube chegou rapidamente em toda a cidade, muito por conta de que os meninos moravam no centro de Criciúma.
O primeiro jogo do Comerciário aconteceu pouco tempo após sua fundação, seu adversário foi o São Paulo Futebol Clube, da Vila Operária. O jogo que aconteceu no estádio do Ouro Preto marcou a primeira derrota da equipe, os jovens jogadores perderam de 4 a 0.
A primeira bola do clube foi comprada por 17 contos e 500 réis, os uniformes foram adquiridos após uma coleta no comércio, suas cores eram azul e branco. A primeira vitória do clube só chegou em sua terceira partida, também diante do São Paulo, pelo placar de 3 a 2.
Primeiro título estadual e crise financeira
Após conquistar alguns títulos de menor expressão na Liga Atlética da Região Mineira (LARM), o Comerciário conquistou aquele que seria, até então, o maior título da história do clube.
Em 1968, o time da cidade de Criciúma bateu o Caxias de Joinville, no Estádio Adolfo Konder, em Florianópolis. A conquista inédita parecia abrir uma nova porta para o clube emergente de Criciúma, entretanto, as coisas não aconteceram conforme o esperado pela diretoria.
Dois anos depois, o time foi atingido por uma grave crise financeira que forçou o Comércio Esporte Clube a encerrar suas atividades no mundo do futebol profissional. Até que em 1977, as coisas começaram a mudar para a história do Criciúma.
A nova era do Criciúma
No ano de 1977, a diretoria do Comerciário resolveu tentar voltar com as atividades. Sob o comando de Osvaldo Patrício de Souza, o clube queria retomar as glórias conquistadas no passado e colocar novamente a história de Criciúma no rumo do futebol.
Apesar de todos os esforços e um bom apoio financeiro, o Comerciário não conseguiu retomar suas atividades esportivas. Isso se deve por conta de uma briga que a diretoria do clube se envolveu contra a federação.
A briga foi ocasionada em função das confusões que aconteceram no primeiro jogo do campeonato estadual daquele ano, que foi a derrota do Comerciário para o Avaí por 2 a 1.
A derrota fez com que o clube perdesse o mando de campo em duas partidas decisivas que definiriam a classificação para a próxima fase, ou não. Com todos esses acontecimentos, o Comerciário acabou perdendo sua vaga e foi obrigado a jogar uma repescagem para evitar o rebaixamento.
Entretanto, havia outro grande problema para o clube na época: a falta de torcedores no estádio. Pouco antes do clube retomar suas atividades, a cidade de Criciúma contou com outro grande representante, o Esporte Clube Metropol.
Conhecido como “time dos mineiros”, o Metropol conquistou o coração dos criciumenses, conquistou diversos títulos estaduais, excursionou pela Europa e representou o estado de Santa Catarina cinco vezes na Taça Brasil, torneio que por pouco não foi conquistado.
Com os moradores da cidade tendo a clara recordação do antigo Metropol, o Cormercionário, sem alcançar grandes resultados, encontrou grandes dificuldades em engajar novos torcedores.
Foi a partir disso que surgiu a ideia de mudar o nome do clube para “Criciúma”. A proposta era que torcedores dos extintos Ouro Preto, Atlético Operário, Próspera, Boa Vista e Metropol se juntassem e apoiassem o mesmo clube.
No dia 2 de abril de 1978, o Comerciário teve seu nome alterado para o que conhecemos hoje em dia, dando um passo crucial para a história do Criciúma. A partir desta data, o clube ficou conhecido como Criciúma Esporte Clube.
As novas cores do Tigrão
Mesmo após a troca de nome, o então conhecido Criciúma não conseguia se firmar como a maior potência da cidade pelo simples fato de manter suas cores originais, que remetem ao Comerciário.
Tendo o conhecimento disso, a diretoria iniciou aquele que seria o novo passo da história do Criciúma, a mudança das cores do Tigrão. Alguns membros importantes do clube opinaram que as novas cores deveriam ser uma mistura de todos os outros clubes extintos, outros que as cores oficiais fossem iguais às da bandeira da cidade.
Após muitas reuniões e discussões, ficou acordado que as novas cores da história do Criciúma seriam amarelo, preto e branco. O amarelo representa a riqueza da região; O preto, o carvão; E o branco, era uma cor comum na maioria dos clubes que existem.
A data de estreia das novas cores foi o dia 13 de maio de 1984, dia do aniversário de 37 anos do clube. O jogo disputado contra o Joinville era válido pelo campeonato estadual, o que os torcedores não esperavam é que seria um recomeço repleto de emoções.
O Joinville conseguiu abrir a vantagem de 2 a 0 no placar e tirou todo o ânimo da torcida tricolor. Até que o Criciúma teve uma oportunidade com Zé Carlos Paulista que, de pênalti, diminuiu a diferença. A poucos minutos do fim da partida, Galvão avançou pela lateral, entrou na área e acertou um raro chute, empatando assim a partida.
O empate fez a torcida ir à loucura, o resultado foi comemorado com muito orgulho e fez com que os torcedores sonhassem com um futuro promissor. Pouco tempo depois os títulos começaram a chegar, construindo a história do Criciúma que conhecemos hoje.