O caso das criptomoedas teve mais um capítulo nesta segunda-feira (31). A Justiça não atendeu ao pedido do meia Gustavo Scarpa para bloquear 30% do salário do atacante Willian Bigode.
A solicitação para bloquear bens de Bigode e sua esposa também foi negada.
Willian Bigode e Gustavo Scarpa
O meia do Nottingham Forest tinha o objetivo de congelar parte do salário do ex-colega de Palmeiras para ser uma garantia caso ele perdesse o processo que move sobre o investimento em criptomoedas. O lateral-direito Mayke, também envolvido no caso, fez uma solicitação semelhante.
Scarpa investiu R$ 6,3 milhões em criptomoedas com a empresa Xland, que foi apresentada ao jogador pela WLJC Consultoria e Gestão empresarial, que tem como sócios Bigode e sua esposa. Sem o retorno do investimento, o meia entrou na Justiça para reaver o dinheiro.
O juiz Danilo Fadel Castro negou a solicitação de bloquear parte do salário do atacante e que a decisão se mantenha assim até que seja resolvida a questão do lote de 20 kg de pedras de alexandrita colocado como garantia no negócio.
A Xland ofereceu como garantia um lote de pedras preciosas avaliado em 500 milhões de dólares (cerca de R$ 2,3 bilhões). Porém, o pacote foi adquirido por R$ 6 mil reais, segundo nota fiscal anexada ao processo.
Bruno Santana, advogado de Willian Bigode, comentou sobre a decisão do juiz. “O teor da decisão não é uma surpresa no que diz respeito ao indeferimento do bloqueio [do salário de Bigode], sobretudo diante dos irrefutáveis fundamentos que foram invocados na nossa impugnação, que é coerente e pertinente”, declarou.
O processo continua correndo na Justiça e a data para o julgamento ainda não foi marcada.