O atacante Willian Bigode, do Athletico Paranaense, tornou-se réu no caso envolvendo o investimento em criptomoedas na última sexta-feira (30). A partir disso, o meia Gustava Scarpa, do Nottingham Forest da Inglaterra, entrou com um novo pedido na Justiça.
A defesa de Scarpa solicitou a penhora de 30% do salário de Bigode, que é pago por dois clubes: Fluminense e Athletico Paranaense. O jogador está emprestado pelo Tricolor para o Furacão.
Caso de Criptomoedas
Segundo a petição enviada pelos advogados do meia, a penhora tem a intenção de tentar ressarcir uma parte do prejuízo que Scarpa teve no investimento em criptomoedas. O jogador perdeu R$ 6,3 milhões por meio dos investimentos com a Xland, indicada pela empresa a qual Bigode é sócio.
Além disso, a defesa pediu o bloqueio de contas e bens passíveis de penhora dos sócios da WLJC Consultoria, empresa que intermediou as negociações. São eles> Willian Bigode, Loisy Coelho de Siqueira (esposa do jogador) e Camila Biasi Fava (sócia de Bigode).
Veja um trecho da petição enviada pelos advogados de Scarpa:
“[…] O autor requer que seja realizada a constrição de até 30% do valor recebido à título de salário do réu Willian junto ao Fluminense, detentor e pagador de uma parte do salário, e Athletico-PR, pagador de outra parte do salário, a fim de garantir a eficácia de futuro provimento jurisdicional.”
O advogado de Bigode, Bruno Santana, entrou com uma ação para embargar a decisão que tornou o jogador réu no caso. Bruno utilizou o argumento de que os contratos assinados entre Scarpa e Mayke e a Xland não envolvem a WLJC, configurando uma decisão contraditória da 10ª Vara Cível de São Paulo.
“Deste modo, é necessário que Vossa Excelência sane a contradição apontada, a fim de evitar insegurança jurídica, sobretudo, pela inexistência de contrato firmado entre o autor e estes embargantes, razão pela qual mostra-se cabível a oposição destes aclaratórios”, concluiu.