O Brasil negou o pedido da Itália para extraditar o ex-atacante Robinho, condenado pela justiça italiana por estupro em 2013. A informação é do “UOL Esporte”.
O motivo para recusa se dá no artigo 5 da Constituição, que impede que brasileiros natos sejam extraditados. Dessa forma, o Ministério da Justiça da Itália deve pedir que o ex-jogador cumpra a pena em solo brasileiro.
“A Itália pedirá que o Brasil reconheça a sentença italiana, que já foi traduzida e enviada ao país“, disse um porta-voz do governo italiano ao “UOL Esporte”.
O pedido de extradição por parte da justiça italiana aconteceu no início do ano, mas foi divulgado apenas em outubro.
Jacopo Gnocchi, advogado da mulher que foi abusada por Robinho, não gostou do fato do ex-jogador não ter sido extraditado.
“Essa era uma resposta previsível. Conhecíamos a Constituição brasileira, mas o que nos sensibiliza é que nesse caso específico um instrumento que deveria defender o cidadão foi usado como escudo para fugir da condenação e para obter impunidade. Agora esperamos que a pena seja executada no Brasil, mas sem que haja a necessidade de se fazer um outro processo para isso“, disse.
Por outro lado, o advogado Alexandre Guttieres, que faz a defesa de Robinho em solo italiano preferiu não comentar sobre a decisão.
Robinho e seu amigo, Ricardo Falco, foram condenados por estupro a uma mulher albanesa no dia 22 de janeiro de 2013. O caso foi julgado em primeira instância e dessa forma não há chances para a defesas recorrerem da decisão da justiça italiana.