Globo vai ter que dividir direitos de transmissão do Brasileirão em 2025

O mercado de direitos esportivos no Brasil está prestes a passar por uma grande transformação. Os monopólios históricos, como o da Globo, vêm enfrentando desafios significativos, especialmente desde a pandemia de 2020.

Agora, o mercado pode testemunhar ainda mais mudanças. A partir de 2025, os direitos do Campeonato Brasileiro serão negociados por duas novas entidades: a Libra (Liga do Futebol Brasileiro) e a Liga Forte União.

A Libra, que inclui clubes como Flamengo, São Paulo e Palmeiras, promete uma mudança no cenário atual das transmissões. Por outro lado, a Liga Forte União reúne gigantes como Corinthians, Vasco, Fluminense, Cruzeiro e Fortaleza, atual líder do Brasileirão 2024. Essa divisão está criando grande expectativa e especulação sobre quem transmitirá os jogos.

Quem Levará a Melhor na Transmissão dos Jogos?

A divisão dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro levanta uma pergunta crucial: quem levará a melhor na transmissão dos jogos? Especialistas apostam que a Globo deve ficar com os jogos em que os times da Libra são mandantes. Já para os confrontos da Liga Forte União, Record e CazéTV no YouTube parecem ser as favoritas.

  • Se Flamengo e Corinthians jogarem no Rio de Janeiro, a Globo poderia transmitir.
  • Se a partida for em São Paulo, a transmissão caberia à Record ou CazéTV.

Essa separação nas transmissões pode criar um cenário bem diferente do que estamos acostumados e dar mais espaço para novas plataformas de streaming.

Como a Nova TV Digital Pode Impactar o Mercado?

A chegada da TV 3.0 está sendo vista como uma grande aposta da televisão aberta no Brasil. Prevista para o final de 2025, essa nova tecnologia de TV digital permitirá a segmentação geográfica dos conteúdos e das publicidades. Isso significa que a Globo, por exemplo, poderá transmitir blocos específicos de seus programas apenas para determinadas cidades, como Guarulhos e Osasco.

Segundo Raymundo Barros, diretor de Tecnologia da Globo, essa tecnologia tem o potencial de revolucionar a forma como a publicidade é exibida na televisão. Anunciantes pequenos e médios poderão voltar a investir em publicidade televisiva, atraídos pela possibilidade de anúncios personalizados.

Qual o Futuro dos Reality Shows na Globo?

Os programas de reality show continuam a ser uma peça-chave na programação da Globo. Contudo, o desempenho do novo reality musical “Estrela da Casa” vem enfrentando desafios no Ibope. Em noites concorridas, como as partidas da Copa Sul-Americana com Corinthians no SBT, o programa perdeu audiência.

  1. O reality marcou apenas 12,2 pontos na Grande São Paulo, bem abaixo dos 21,5 pontos do BBB 24.
  2. A estratégia de programação flexível, com edições mais longas ou mais curtas, pode ser um trunfo durante períodos de propaganda eleitoral obrigatória.

A expectativa é de crescimento na audiência conforme o programa avança, com provas mais emocionantes e eliminações.

Novas Apostas da Globo com a TV 3.0

A TV 3.0 surge como uma esperança para a televisão aberta. Conectada à banda larga, essa tecnologia permitirá novos formatos de transmissão e publicidade. A Globo planeja utilizar a tecnologia para criar blocos específicos de programas para grandes cidades satélites da capital.

Essa segmentação geográfica permitirá que conteúdos exclusivos sejam transmitidos apenas para determinadas regiões, tornando a programação ainda mais atrativa para os anunciantes e espetadores locais. Além disso, Guarulhos, a segunda maior cidade de São Paulo, poderá finalmente ter representações mais direcionadas nos programas da Globo, o que pode atrair uma audiência significativa.

Emissoras Ampliam Suas Estratégias na Era Digital

O mercado de mídia está em constante transformação, e as emissoras estão buscando maneiras de se adaptar. A ideia de diversificar as formas de monetização e as estratégias de audiência nunca foi tão importante. Nesse contexto, a Globo, Record, SBT e novas plataformas como a CazéTV estão explorando diferentes abordagens para atrair e reter seus públicos.

A chegada da TV 3.0 e a divisão dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro são apenas alguns exemplos das mudanças significativas que vêm por aí. O futuro promete ser dinâmico e cheio de novas oportunidades para emissoras e espectadores.