A destituição do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, nesta quinta-feira (7) caiu como uma bomba para o futebol brasileiro. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Com isso, ficou o questionamento sobre possíveis sanções que a CBF pode sofrer de outras entidades do futebol, principalmente da Fifa e da Conmebol.
Clubes brasileiros fora da Libertadores
De acordo com informações do jornalista Rodrigo Mattos a Fifa e a Conmebol enviaram cartas para a CBF com o objetivo de lembrar que a entidade deveria gerir seus assuntos internos sem a ajuda de terceiros. Qualquer quebra dessa regra pode fazer a CBF receber punições de ambas as entidades.
Ednaldo foi destituído do cargo após o Tribunal julgar a legalidade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre CBF e Ministério Público do Rio de Janeiro em março de 2022. Esse TAC resultou na eleição de Ednaldo para presidente.
Com a decisão, o Tribunal nomeou José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), para ser o “interino” no cargo. Um dos relatores do caso, Mauro Martins, afirmou que isso não se trata de uma interferência externa na entidade.
“Quero deixar claro que isso não é uma interferência externa na CBF. Estamos nomeando alguém da justiça desportiva e não alguém externo. Portanto, não pode ser considerado interferência externa”, disse.
Diante desse cenário, a CBF pode sofrer sanções em vários âmbitos. O mais preocupante deles, no nível da América do Sul, é a exclusão de clubes brasileiros da próxima edição da Libertadores. Já a nível mundial, poderia chegar a exclusão da seleção brasileira da Copa do Mundo de 2026.