Ganso ficará pelo menos um mês sem jogar futebol após descobrir problema no coração
Nas primeiras semanas de janeiro, os torcedores do Fluminense foram pegos de surpresa com a informação de que Paulo Henrique Ganso será desfalque do elenco comandado por Mano Menezes. Diagnosticado com uma inflamação no músculo do coração, o meio-campista ficará fora dos gramados por no mínimo um mês, quando realizará novos exames.
Por meio de suas redes sociais, o Fluminense revelou o diagnóstico de Ganso referente a uma pequena miocardite, presente nos exames da pré-temporada da equipe. Como forma de resguardar a saúde de um de seus principais jogadores, o Tricolor das Laranjeiras permanecerá monitorando o quadro do camisa 10 nas próximas semanas.
Sobretudo, PH Ganso não disputará o Campeonato Carioca, uma vez que sua reavaliação será feita ao final de fevereiro. Nesse ínterim, atividades para recuperar o condicionamento físico serão potencializadas, desde que o departamento médico do Fluminense aprove o retorno do atleta aos trabalhos no CT Carlos Castilho.
Embora a preocupação de dirigentes, fãs e torcedores tenha sido potencializada com a divulgação de seu quadro, Paulo Henrique tranquilizou a todos em suas redes sociais. Em curto texto redigido, o meio-campista agradeceu o apoio recebido, afirmando que estará de volta, confiando assim em sua pronta recuperação.
“Passando para agradecer a todas as mensagens de carinho, apoio e força! Deus já cuidou de cada detalhe, desde o diagnóstico até a cura”, escreveu o jogador, que foi abraçado por vários outros atletas, desejando uma melhora imediata ao craque.
Entenda o problema de Ganso
De acordo com o Fluminense, o maestro não apresenta nenhum sintoma de miocardite, mas ficará afastado das atividades físicas como parte do tratamento e estará sob os cuidados do departamento médico. Porém, a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) esclarece que a inflamação da camada média do músculo cardíaco requer um olhar mais cauteloso.
Em resumo, o problema de Paulo Henrique Ganso ocorre no músculo responsável direto pelo bombeamento de sangue para os órgãos. A nível de conhecimento, o diagnóstico pode estar relacionado a questões critérios histológicos, imunológicos e imuno-histoquímicos. Em outras palavras, a situação do meia pode ter sido adquirida por agentes infecciosos, como vírus, bactérias e protozoários, uso de remédios, exposição a radiação, e até mesmo por reações autoimunes.
Apesar de ser da vontade de todos os torcedores o retorno prévio de Ganso, a Dra. Thaysa Louzada, médica cardiologista e ecocardiografista do Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese, em São Paulo, pontuou que a quebra de protocolo pode agravar a situação, fazendo com que o jogador possa colocar em risco sua vida dentro e fora dos gramados.
“Em atletas profissionais que tiveram miocardite, retomar a atividade esportiva antes da recuperação total pode apresentar riscos graves. Isso inclui arritmias, insuficiência cardíaca e recorrência da miocardite. O coração pode não estar totalmente curado, e o esforço físico pode sobrecarregar o órgão, causando complicações”, disse ela à ESPN.