A “profissão” de gandula é uma das mais importantes no futebol. Afinal é ele o responsável por repor a bola o mais rápido possível para o jogo ter prosseguimento. Ainda assim, as pessoas que ficam próximas as quatro linhas são uma das que menos ganham no Brasil.
Um levantamento feito pelo portal “g1” destacou os 100 maiores e os 100 menos salários do Brasil. Dentre os mais altos estão diretores de diversas áreas, engenheiros, professores de ensino superior e médicos, que tem um salário de contratação de até R$ 34 mil. Já nos menores aparecem os gandulas, apresentadores de festas populares e produtores rurais. Alguns, inclusive, ganham cifras menores que o salário mínimo (R$ 1.320).
De acordo com o estudo, não há um valor exato para contratar um gandula, mas os dados apontam que em média, um repositor (outro nome dado a esse trabalho) recebe R$ 1.181,28. No ‘ranking’, os ganhamos só ficaram acima de Produtor na Olericultura de Frutos e Sementes, que recebe cerca de
R$ 1.159,51 e Apresentador de Festas Populares, cujo salário é de R$ 712,35.
Proximidade e disparidade
Os valores recebidos pelo gandulas evidenciam a disparidade mesmo estando tão próxima e trabalhando no mesmo reduto de um jogador de futebol, que apesar de estar no mesmo gramado, recebe um valor exorbitantemente maior.
Vale lembrar que a profissão de gandula está regulamentada na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), apesar disso, muitos desses trabalham de forma voluntária.
Por fim, não há planos e tampouco esforços para aumentar a valorização deste trabalho, que apesar de parecer simples, exige responsabilidade.